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JUCA FERREIRA E OS CANDIDATOS DO PT A PREFEITURA DE SALVADOR

Redação - 02/12/2019 06:00 - Atualizado 02/12/2019

A expectativa é enorme sobre quem será o candidato o candidato do Partido dos Trabalhadores nas eleições para a Prefeitura de Salvador. Não é para menos, afinal o  govenador Rui Costa é bem avaliado em Salvador e divide com o Prefeito ACM Neto a liderança política em nosso Estado. Ora, frente a essa expectativa o que se espera é um nome de peso para representar o partido do governador e, no entanto, quem se apresenta? Surgem inicialmente seis nomes disputando internamente a indicação: Moisés Rocha, Valmir Assunção e Jorge Solla, Robinson Almeida e  Vilma Reis. São todos nomes importantes no partido e com trabalho político efetivo na cidade, mas para que o eleitor soteropolitano saiba quem são será preciso listar sua biografia e, mesmo assim, em qualquer pesquisa de opinião, nenhum deles pode esperar um posição de destaque. Por isso, a expectativa era que o PT apresentasse um nome competitivo para enfrentar o candidato do Prefeito ACM, Bruno Reis, que há quatro anos é anunciado como candidato e está presente em todos o eventos inaugurações.

E, de repente, quem aparece: o ex-ministro da Cultur Juca Ferreira anuncia que quer entrar na corrida eleitoral da capital baiana. E deixou a secretaria de Cultura de Belo Horizonte para se colocar como pré-candidato,  enviando um comunicado para o PT de Salvador em que se coloca como pré-candidato a prefeito da cidade. Juca Ferreira é um quadro técnico importante do PT, tendo sucedido o então Ministro da Cultura Gilberto Gil e, após o impeachment de Dilma, continuou exercendo funções técnicas na Prefeitura de São Paulo, quando Fernando Haddad era prefeito, e na prefeitura de Belo Horizonte, mas daí a se colocar com pré-candidato do PT em uma cidade onde é virtualmente desconhecido vai uma grande distância.

Tanto Juca Ferreira quanto os cinco candidatos que se colocam como alternativas para assumir a candidatura do PT para Prefeitura de Salvador são nomes respeitáveis, mas estão longe de se constituir em candidaturas competitivas para o partido do governador, especialmente porque falta menos de um ano para o pleito, ou seja: não há mais tempo para construir nomes novos.

O fato é que se o  PT quiser realmente apresentar um nome competitivo para disputar as eleições tem de escolher alguém que tenha peso eleitoral na cidade, ou então apoiar o candidato de outra legenda. No entanto, há ainda duas possibilidades: se o partido decidir escolher um candidato de pouca densidade eleitoral, ele poderá ser apenas um peão destinado a cumprir tabela no processo eleitoral, ou então, acreditar firmemente que o ex-presidente Lula e o governador Rui Costa serão capazes de levar ao topo eleitoral qualquer um que seja o candidato.

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