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CONSÓRCIOS SE ADAPTAM À CRISE E CRESCEM 10% NO 1º SEMESTRE

Redação - 11/09/2018 12:02

Em um ambiente ainda adverso ao crédito, o setor de consórcios dá sinais de maior dinamismo. Após expansão de 21% dos negócios em 2017, houve crescimento de 10% no primeiro semestre deste ano, na comparação anual, segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac). De acordo com o setor, isso reflete mudanças para adequar os produtos à crise, com aumento de prazos, por exemplo, além da entrada de novos tipos de consórcios.

Criado na década de 1960 no Brasil como uma alternativa financeira para compra de carros, o consórcio se sofisticou nos últimos anos e expandiu suas opções. Hoje, consumidores e empresas podem participar de grupos para compra de carros, motos, imóveis, veículos pesados, serviços e eletroeletrônicos. Na prática, é possível adquirir de celulares a aviões; de cirurgias plásticas a sistemas para geração de energia solar.

O prazo médio de duração dos consórcios de motos e automóveis era de 60 meses. Depois da crise, passou a ser de até 72 meses para motos e até 84 meses para automóveis. Segundo o presidente da Abac, Roberto Rossi, essa extensão representa uma reação ao encolhimento da renda das famílias nos últimos anos e às dificuldades das empresas. Na sua avaliação, o brasileiro ficou mais seletivo na compra de bens duráveis e serviços.

“O efeito da crise foi que as pessoas passaram a pensar mais, a buscar fazer investimentos mais seguros. É a lógica do planejamento para aquisição de um bem”, diz o diretor comercial da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo. Neste ano, até agosto, a BB Consórcio vendeu cerca de R$ 7 bilhões em cotas, com alta de 21% ante 2017. (Estadão)

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