BE – O governador Rui Costa reintegrou o desejo de colocar a senadora como suplente de Wagner. Qual compensação o governo daria ao PSB pela ausência na chapa majoritária?
LD- Não há a mínima possibilidade de ser suplente, sem desmerecer o cargo. O partido entende que devemos continuar no cenário político e vamos debater o futuro e decidir após o 2 de julho.
BE – Como a senadora avalia a questão de não existir nenhuma mulher nas chapas que vão concorrer ao governo do estado?
LD- Isso vai na contramão da política mundial. Vejamos que o novo governo espanhol tem 70% de mulheres na gestão.
BE- A aliança entre PSB e Ciro Gomes a nível nacional está muito perto de ser formada. Existe a possibilidade do PSB fazer palanque para Ciro na Bahia formando uma terceira chapa?
LD – Nós vamos apoiar a reeleição do governador Rui Costa, mas acreditamos que Ciro é um candidato importante, pois está no campo da esquerda.
BE- O presidente nacional do PSB afirmou que a ausência de Lidice na chapa pode ter conseqüências. É possível a legenda sair da base de Rui?
LD- Quando ele fala em consequências, não se refere apenas à Bahia, mas a outras eleições pelo País.
BE- Existe a possibilidade do ex-ministro do judiciário Joaquim Barbosa, mesmo não sendo candidato, entrar na campanha para atrair votos para os candidatos do PSB nas eleições?
LD- Só saberíamos se ele fosse testado nas urnas, mas claro que ele tem simpatizantes.
BE- As pesquisas recentes para o governo do estado apontaram que aproximadamente 40% das pessoas ainda não sabem em quem votar. Essa grande quantidade de eleitores indecisos pode mudar os rumos das eleições. Na sua opinião por que os eleitores baianos ainda não sabem em quem votar?
LD – Não acredito. Eu acho que o governador Rui Costa tem uma grande vantagem em relação a seus adversários, mas como um homem cauteloso, ele vai continuar com os pés no chão e sem clima de “já ganhou”.