BE- A sua candidatura atende aos pressupostos de uma candidatura de centro no congresso, e seu nome agrada os analistas de mercado que são as principais fontes consultadas pelo investidor estrangeiro. Nos anos de 2015 e 2016 o Brasil perdeu muito investimento com a crise política econômica. Qual a sua principal proposta para retomar os investimentos que o Brasil perdeu?
PR- Pelos dados que tenho, o investimento estrangeiro no país não recuou durante a crise. Ele parou de crescer, é diferente. E para retomar esse crescimento nós temos um projeto com 20 Metas que dará um norte para o Brasil. Com uma política voltada para transparência, com risco zero de corrupção, investimento principalmente em infraestrutura, corte de gastos e uma nova política de gestão para o país. Vale também ressaltar que eu não me considero um candidato de centro. Nunca me reuni com ninguém do Centrão. Temos uma candidatura diferente de toda a política proposta no país hoje.
BE- Nas pesquisas divulgadas referentes à disputa a presidente da república seu nome aprece com uma pontuação muito baixa. Qual a sua expectativa para esse momento que antecede a disputa eleitoral no radio e televisão?
PR- Nós temos três armas para conquistar os corações do povo brasileiro nas próximas eleições. A primeira de todas é o meu passado absolutamente limpo. A população vai procurar nessas urnas alguém que não tenha envolvimento com corrupção. A segunda coisa é o meu passado. Eu sou uma pessoa com passagem pelo IBGE, pela FGV e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), então eu me considero um perfil técnico de alguém que sabe fazer a economia andar. Os especialistas do mercado sabem do meu trabalho, conhecem minha história e hoje eu me sinto capaz de propor algo novo para o país. E o terceiro ponto é uma equipe de 40 especialistas, que estão comigo, que são pessoas com perfil técnico que me ajudaram a criar nosso plano de 20 Metas, para governar e fazer uma revolução no cenário político/econômico desse país.
BE- Na Bahia seu partido estaria negociando a presença na chapa de Zé Ronaldo com o democratas, mas existe dificuldade, pois o PSDB veta o nome do deputado Irmão Lazaro. Como o senhor analisa essa situação?
PR- O novo presidente da legenda, Heber Santana é uma pessoa com um poder de articulação grande e ele vai saber gerir muito bem essa questão. Eu acho que o Irmão Lázaro deve ser colocado no lugar em que ele venha a colaborar mais, tanto para campanha quanto para o país. E eu penso que nesse momento, ele vai acrescentar mais na posição de candidato ao senado federal. Mas esse tema será, com certeza, resolvido pelo nosso presidente na Bahia, Heber Santana.
BE- O senhor é a favor ou contra a privatização de estatais como Petrobrás, Correio, BB e Eletrobrás
PR- Privatizar é preciso mas primeiro temos que valorizar o capital das estatais com um choque de gestão. Em seguida as ações vão para o Fundão da Previdência que dará acesso a todos os brasileiros como donos desse capital. Nesse momento as ações poderão ser vendidas conforme os critérios de gestão do Fundão. Essas empresas brasileiras precisam ser capitalizadas para gerar capital para o povo brasileiro. Elas precisam voltar a trabalhar para o povo brasileiro. Nós temos um projeto de investimento nessas empresas. Elas seriam controladas pelo governo, porém com uma gestão moderna de capitalização que faria com que elas gerassem capital para o Brasil. Esse projeto também pode ser aplicado à previdência e vários outros setores da economia. Ele também faz parte do nosso plano de 20 Metas.
BE- Qual a sua posição sobre a necessidade do ajuste fiscal e da reforma da previdência?
PR- O Brasil precisa de uma nova política fiscal. Por isso eu não chamaria o que nós vamos fazer de ajuste. Ajuste é mexer um pouco, cortar daqui, aumentar dali. Nós vamos fazer uma verdadeira transformação e capitalização. Vamos, também, transformar e capitalizar a previdência nacional, gerando mais empregos, renda e capital para a população brasileira. Esses dois temas fazem parte do plano de 20 Metas que nós estamos propondo nessa pré-campanha. Planejamento, objetivo, e condição para trabalhar. Nosso projeto é um projeto para os próximos 20 anos no país. O nosso primeiro ano de governo será o mais complicado, pois nós vamos ajustar os gastos. O governo não pode gastar tanto e reduzir as receitas. Minha proposta é déficit zero nas contas públicas. Vamos desagradar muita gente, mas vamos fazer com que as coisas funcionem bem no país.