Os fundos de pensão reduziram em R$ 34,5 bilhões o déficit acumulado em 2017, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Assim, o saldo negativo das entidades fechou o ano passado em R$ 36,1 bilhões em um total de 75 fundações. Um ano antes, havia sido de R$ 70,6 bilhões.
No ano passado, o setor tinha 141 entidades superavitárias, cujo resultados positivos somados chegaram a R$ 20 bilhões. Outras 86 fundações estavam em equilíbrio. Os ativos totais do sistema chegaram a R$ 842 bilhões.
Segundo a Previc, o resultado foi impulsionado pelo equacionamento de déficits em curso, de aproximadamente R$ 39 bilhões, realizados pelas fundações de maior porte, classificadas pelo regulador como entidades sistematicamente importantes. O maior deles é o da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, que este ano iniciou a cobrança de contribuições adicionais para sanear um déficit de R$ 27,7 bilhões.
O setor também foi beneficiado pela recuperação da economia. Com a redução da inflação e da Selic, ativos indexados à taxa de juros pré-fixada e marcados a mercado ajudaram os números das fundações, assim como os ganhos em renda variável. (Valor Econômico)