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SALVADOR: UMA DAS CAPITAIS DO TURISMO DE EVENTOS – ARMANDO AVENA

Redação - 07/04/2022 07:32

Parte da economia de Salvador vive do turismo, mas não só do turismo de lazer. Um outro tipo de turismo, relacionado com eventos e negócios atrai milhares de pessoas para participar de shows, seminários, congressos e feiras e traz enormes benefícios para a cidade. Imagine o leitor o impacto na economia soteropolitana de um congresso que atrai 10 mil pessoas de alto padrão de renda, e já tivemos alguns desses; ou então uma feira como aquelas que se fazem no ramo de games e atraem milhares de jovens de toda a parte; ou ainda um show de artistas nacionais e internacionais, como aqueles de Paul Mac McCartney e Roberto Carlos realizados na Arena Fonte Nova.

Esse tipo de evento movimenta toda a cadeia econômica, aumenta a taxa de ocupação dos hotéis, eleva o gasto médio dos turistas e amplia o número de empregos temporários e informais. Esse turismo de eventos é vital para uma cidade turística, não apenas pela geração de oportunidades de negócios, mas principalmente por sua capacidade de manter o fluxo de visitantes nos períodos de baixa estação.

Estima-se que um congressista nacional gaste em média R$ 300,00 a R$ 500,00 por dia e um congressista internacional gasta três vezes mais e isso joga lenha na fogueira da economia. Salvador tem expertise em turismo de eventos e entre 2015 e 2019 ficou em 5º lugar entre as cidades brasileiras que mais receberam eventos internacionais e está entre as 8 cidades que mais recebem eventos domésticos.

E isso mesmo sem ter um grande Centro de Convenções. Agora, Salvador já tem um Centro de Convenções de porte e tem a Arena Fonte Nova que já mostrou expertise na realização de shows e grandes eventos, além de vários hotéis e centros médios que podem abrigar congressos e seminários. E a cidade tem espaço para ter mais equipamentos como esses, especialmente se houver políticas públicas e divulgação, pois o turista que vem a negócios quer vir para uma cidade que tenha cultura, arte e patrimônio e Salvador tem tudo isso.

Aliás, a cidade da Bahia agradeceria se o antigo centro de convenções que é irmão gêmeo do Centro Georges Pompidou em Paris e, como ele, um símbolo da arquitetura high tech, típica do movimento londrino Archigram, fosse reformado. Seria, por si só, mais um ponto turístico e cultural da cidade.

Quando se trata de eventos, o potencial de Salvador é enorme e bastou a pandemia arrefecer para se perceber isso. O Centro de Convenções, por exemplo, já tem três meses, maio, agosto e novembro, com ocupação de 100% dos espaços. E, segundo a GL Eventos, que administra o local, até dezembro já são 37 os eventos confirmados entre congressos, exposições e shows, mais que o dobro da quantidade realizada em 2020 e 42 estão em negociação. Se seguir nesse ritmo, em breve Salvador será uma das capitais nacionais de eventos.

                                       NOVE ANOS DA ARENA FONTE NOVA

E já que estamos falando em turismo de eventos, vale lembrar que a Arena Fonte Nova está completando nove anos de inauguração e, nesse período, tornou-se um equipamento importante para Salvador no que se refere a geração de emprego e renda e criação de oportunidades de negócios. Para a realização de um evento, por exemplo, são contratados, em média, cerca de 300 pessoas para trabalhar de forma direta e indireta. E em dias de jogos, cerca de 2000 postos de trabalho são criados em diversas funções relacionadas à operação. Com shows e eventos, os desdobramentos econômicos se ampliam.  Agora que não há mais restrição de público, serão ampliadas as possibilidades de geração de negócios.

                                       A CARGA TRIBUTÁRIA AUMENTA

Em 2021, os impostos pagos por famílias e empresas brasileiras atingiram 34% do PIB, o maior valor desde 2010. No Brasil, não importa qual a orientação do governo, a carga tributária sempre aumenta.  E o pior é que esse aumento nos impostos não se reverte em mais educação, mais qualidade de vida ou mais investimentos, a maior parte dele vai para custear uma máquina pública mastodonte e ineficiente e um parlamento com orçamentos secretos e um fundo eleitoral bilionário. Nos Estados Unidos, o eleitor sabe que se o Partido Democrático ganhar as eleições a carga tributária vai subir, se for o Partido Republicano ela vai cair. No Brasil, não importa o partido, ela sempre cresce.

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