No pior cenário de uma guerra comercial entre todas as nações, as tarifas médias aplicadas às exportações brasileiras poderiam subir dos atuais 5% para 32%, concluiu um estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) com 124 países.
Os números levam em conta uma guerra comercial total, na qual cada país estabeleceria tarifas unilaterais de uma perspectiva puramente comercial, e presumindo o fim dos acordos mútuos, explicou ao G1 o economista da Unctad, Alessandro Nicita, um dos autores do estudo.
Guerras comerciais são iniciadas quando um país impõe tarifas comerciais à importação de uma nação, que responde sobretaxando os produtos de seu concorrente. O cenário foi desenhado em meio à crescente tensão entre Estados Unidos e os países afetados pela imposição de tarifas a vários setores estratégicos. As medidas levaram a China, União Europeia e o Nafta (Canadá e México) a anunciar retaliações e esquentar a disputa.