Por: João Paulo Almeida
Bahia Econômica – A montagem da chapa do governador Rui Costa tem um tripé entre o PSD, o PP e o PT. Porém, as últimas declarações tanto do senador Ângelo Coronel (PSD) quanto do vice governador João Leão (PP) é que o PP e o PSD querem ser cabeça de chapa. E o PT já colocou Jaques Wagner na frente. Como o senhor analisa essa questão?
Adolfo Menezes – Será resolvida sem problemas. É um time que joga unido e sabe que só é forte se mantiver esta união. Temos um cenário nacional que irá influenciar, mais uma vez, no pleito estadual, principalmente se for confirmada a candidatura do presidente Lula.
BE- Existe a possibilidade do PSD lançar candidato a vice-governador?
Adolfo Menezes – São três vagas na majoritária para bons candidatos do PSD, PP, PSB, PCdoB e PT. Como nas últimas quatro eleições, vamos acertar quem joga nas pontas e como centroavante. Quando se tem um excelente plantel, não existe aperreio. Mas, não dá pra botar cinco ou seis em apenas três posições. E todo mundo tá consciente disto.
BE- Em 2021 a ALBA pode pedir suplementação de credito ao governador?
Adolfo Menezes – A Superintendência Financeira e a Diretoria de Orçamento estão ainda se debruçando sobre a questão. Historicamente o orçamento da ALBA é sempre inferior aos nossos gastos. Além disso, temos os efeitos do reajuste anual decorrente do Plano de Cargos e Salários, implantado em outras gestões, além do natural crescimento vegetativo da folha de pessoal, não contemplados no Orçamento.
BE- Como o senhor avalia a proposta de concessão de créditos precatórios aprovada na Alba?
Adolfo Menezes – Muito importante. A Bahia é um estado com uma receita proporcionalmente menor que a de Sergipe. São recursos que serão destinados exclusivamente para despesas de capital com o financiamento de projetos, ações ou programas para manutenção e desenvolvimento da educação básica pública. Só vamos mudar este país pela educação. Não tem outro modo.
BE- Como está o projeto de obrigação de vacinação para os servidores?
Adolfo Menezes – Está sendo aperfeiçoada a proposta do nosso companheiro Fabrício Falcão. É um tema novo, não só para a Bahia, mas para o mundo inteiro. Ninguém é obrigado a tomar vacina, mas os que tomaram também não são obrigados a correr um risco maior de serem infectados. Aliás, esta discussão acerca da vacina é absurda e ultrapassada há quase três séculos, só possível hoje por causa de um presidente negacionista e terraplanista.
BE- O senhor deve assumir o governo em outubro com a ausência de Rui e Leão. Como o senhor vai conduzir esse momento?
Adolfo Menezes – Com muita honra, por se tratar do maior degrau político na vida de um homem público, que é assumir, ainda mais simultaneamente, o Legislativo e o Executivo da Bahia, um estado ímpar na economia, na história, na cultura. Vou cumprir mais essa obrigação com serenidade e muita responsabilidade. E com a caneta sem tinta.
Foto: divulgação