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A REFORMA DO SECRETARIADO, QUE RUI TERÁ QUE FAZER, PODERÁ SER ANTECIPADA

Redação - 20/01/2020 08:10 - Atualizado 20/01/2020

A reforma do secretariado que o governador Rui Costa vai ter de fazer mais cedo ou mais tarde pode ser antecipada. O calendário eleitoral é quem vai determinar essa reforma na equipe do governador e ela não precisa ser feita necessariamente em bloco, mas ocorrerá, inevitavelmente. Um dos motivos que vai determinar a mudança de secretários será  a descompatibilização dos ocupantes de cargos no governo do Estado que por ventura resolvam se candidatar nas eleições municipais.

Além disso,  a avaliação  do quadro político a ser definido com a  escolha dos candidatos do PT e de partidos aliados que vão concorrer à prefeitura dos principais municípios do Estado também podem demandar ajustes na equipe de secretários de Rui, obedecendo ao caráter de compensação ou fortalecimento de partidos e candidatos que forem apoiados governo. Isso sem contar, que o governador tem demonstrado interesse em fazer ajustes técnicos em alguns setores da equipe.

O problema é que Rui pretendia fazer essa reforma calmamente, pesando cada decisão, mas a velocidade do processo eleitoral pode agilizar o processo. Se, por exemplo, ficar definido o apoio do PDT ao DEM na disputa pela Prefeitura de Salvador, decisão que já teria sido tomada pela executiva do partido (aqui), o PDT  que ocupa uma secretária de Estado e outras cargos certamente perderia as posições. Não vamos esquecer que sob a liderança de de Ciro Gomes, hoje um forte crítico de Lula e do PT, o PDT se aproxima cada vez mais do DEM em vários estados do Nordeste.

O presidente do PDT na Bahia, Felix Mendonça, não parece confortável com a aliança como o DEM e volta e meia sugere alternativas, como a hipótese recém divulgada do secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, muito próximo a Rui Costa,  se filiar ao partido com vistas as eleições municipais. A ideia parece atender apenas ao desejo de manter o quadro atual pelo maior tempo possível, já que o secretário, embora muito bem avaliado, não tem base eleitoral em Salvador. Esse é apenas um exemplo, mas a inevitável desestruturação da base do governador Rui costa, motivada pela disputada eleitoral, mesmo que momentânea terá de ser recomposta com várias ações, inclusive uma reforma do secretariado, que poderá ser antecipada devido a velocidade processo eleitoral.(EP – 20/01/2020)

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