O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA) de 2026 com redução de R$ 488 milhões nos recursos discricionários das universidades federais, que passam de R$ 6,89 bilhões para R$ 6,43 bilhões. Os valores são utilizados para custear despesas como água, energia, manutenção, segurança, limpeza e concessão de bolsas.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (22), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) alertou para o impacto do corte, que representa redução de 7,05% em relação à proposta original do governo. Na assistência estudantil, a diminuição é de cerca de R$ 100 milhões, equivalente a 7,3% do orçamento previsto para programas de moradia, alimentação, transporte, saúde e apoio a estudantes em situação de vulnerabilidade.
“Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra”, diz a nota da Andifes.
Em 2025, o orçamento das universidades foi de R$ 6,82 bilhões, abaixo dos R$ 7,81 bilhões solicitados pelas instituições. Entre 2020 e 2022, os recursos também sofreram restrições, e em maio de 2025 algumas universidades anunciaram cortes emergenciais antes da liberação de verbas pelo governo.
A redução atinge ainda recursos destinados à pesquisa, provenientes da Capes e do CNPq, utilizados no financiamento de projetos acadêmicos e científicos. O Ministério da Educação informou que, desde 2023, tem buscado recompor os valores destinados às universidades federais. O PLOA 2026 ainda aguarda sanção presidencial para entrar em vigor.
Foto: Divulgação/UFBA
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