O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mobilizou lideranças políticas baianas, entre apoiadores e opositores. O processo, iniciado na terça-feira (2), envolve ainda outros sete ex-integrantes do governo acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado em 2022.
O deputado estadual Diego Castro (PL) afirmou que se trata de perseguição. “Começou não apenas um julgamento, e, sim, mais um capítulo de perseguição contra um homem que nunca se rendeu ao sistema… Seu verdadeiro ‘crime’? Amar o Brasil e despertar em milhões de brasileiros a coragem de acreditar novamente na pátria, na família e em Deus”, declarou.
O deputado federal Capitão Alden (PL) também criticou a ação. “O ‘crime’ do presidente Bolsonaro é ser o maior líder político da América do Sul. Deus está conosco e enviará as providências”, disse.
A vice-presidente do PL na Bahia, Raissa Soares, classificou a análise como previamente definida: “Esse é o julgamento cuja sentença já havia sido decidida há muito tempo… O que nos resta é depositar nossa esperança no Senhor e orar pelo nosso presidente Bolsonaro e pelo futuro da democracia brasileira”.
Já a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) celebrou o início da sessão, publicando vídeo em que afirmou que “o grande dia chegou”. Também do PCdoB, Alice Portugal defendeu que “o Brasil precisa de Justiça firme para mostrar que ataque ao povo e às instituições não ficará impune”.
No STF, Bolsonaro responde como “principal articulador, maior beneficiário e autor” das ações denunciadas pela PGR. Além dele, são réus Anderson Torres, Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Mauro Cid. Se condenado, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil