Bahia Econômica – Quais os maiores desafios que o senhor vai enfrentar na Câmara do Cânhamo Industrial do Paraguai (CCPI) como Diretor Comercial?
Luiz Chilazi – O Paraguai hoje é um expoente mundial, se tratando de Cânhamo Industrial. Nós temos todo processo verticalizado desde o cultivo ao processamento. A nossa principal missão é levar o conhecimento dessa capacidade produtiva para os outros continentes e mostrar que a América do Sul é sim uma referência no tema.
Bahia Econômica – Quais os benefícios para o Brasil e da Bahia para essa nomeação?
Luiz Chilazi – O Brasil ainda está muito atrasado em relação a regulamentação. Como Países vizinhos podemos auxiliar esse processo levando nossa tecnologia e capacidade produtiva, além de auxiliar no processo da regulamentação. Por ser baiano isso ajuda também o Nordeste do Brasil, que acaba ficando isolado dos grandes centros. Aqui temos sim pessoas capacitadas falando sobre Cannabis medicinal e Cânhamo Industrial, e isso é pra mim motivo de orgulho.
Bahia Econômica – Qual será sua linha de trabalho para desmistificar o uso da Cannabis medicinal no Brasil?
Luiz Chilazi – Informação e capacitação. Esses são os principais pilares para desmistificar um tema tão relevante para sociedade. O proibicionismo da Cannabis no Brasil é de caráter racista e isso precisa acabar. A regulamentação da forma correta irá trazer uma série de benefícios não só para a saúde publica, como para geração de receita. Precisamos acelerar esse debate e esse processo, afinal, se trata de uma reparação histórica.