Por: João Paulo Almeida
Bahia econômica – Qual a avaliação que o senhor faz da ação inédita da Serasa de oferecer negociação de dívidas com parcelamento sem juros na Bahia?
Daniel Costa – Em função do cenário econômico e o aumento da inadimplência das famílias brasileiras, a Serasa se juntou a 45 outras empresas de diversos setores para buscar soluções para auxiliar o consumidor a renegociar suas dívidas. Por meio dessa parceria, o Serasa Limpa Nome irá disponibilizar mais de 80 milhões de débitos para renegociação em até 36 vezes sem juros.
A ação surgiu depois de a Serasa realizar uma pesquisa com 2.645 endividados de todo o país. O levantamento mostrou que descontos e parcelamentos sem juros são os maiores motivadores para o consumidor quitar suas dívidas. Nesse cenário, trata-se de uma ação inédita, encontrada pelas empresas envolvidas para conter a alta da inadimplência.
Bahia Econômica – Quais dicas o Serasa tem para o consumidor não precisar se endividar ?
Daniel Costa –
Bahia Econômica – Quais os impactos que a pandemia trouxe em relação as dividas dos consumidores baianos
Daniel Costa – A pandemia teve impacto nas finanças de todos os brasileiros. Em pesquisa sobre a pandemia de Covid-19 e seus impactos financeiros, realizada pela Serasa em abril, foi possível constatar que a renda diminuiu para um terço da população brasileira entrevistada (34%). E 41% dos consultados afirmaram não ter tido alteração na renda. Entre os que registraram aumento de renda no período, percebe-se um crescimento de oito pontos percentuais: eram 17% em 2021 e, agora, são 25%. Cresceu também o número de pessoas que afirmaram ter sentido aumento nas despesas: de 50% (2021) para 63% (2022).
Dados sobre o Nordeste: Antes da pandemia, 55% dos brasileiros possuíam alguma reserva financeira, atualmente 44% dos nordestinos contam com esse tipo de reserva. Não houve grande modificação no comportamento do brasileiro em relação à reserva financeira, ao comparar o geral com a região Nordeste (passou de 48% para 44%), mostrando que a reserva continua sendo necessária para cobrir o pagamento de contas durante a pandemia.
Com a pandemia completando dois anos, é difícil que as pessoas não sejam impactadas emocionalmente. O estudo observou que 65% dos nordestinos apresentaram alterações no comportamento por estarem com problemas de concentração no momento de realizar as tarefas diárias. A pesquisa também mostrou que 66% dos entrevistados, sofrem de ansiedade por preocupações com a vida financeira.