Por: João Paulo Almeida
Bahia Econômica – Qual a importância de obras como a FIOL e o Porto Sul para o desenvolvimento da agricultura do oeste baiano?
Luiz Carlos Bergamaschi – Esses projetos vão ajudar na questão da logística do estado. Nós hoje exportações algodão por santos por causa de rotas marítimas. Com a Fiol e o Porto Sul, além de estradas de qualidade e outros projetos esse translado para os portos tanto de chegada de insumos para nós quando de exportação vai ficar mais ágil e mais barato. Nós hoje temos alguns projetos na região oeste em andamento que pavimenta estradas por exemplo, e te sido de grande utilidade
Bahia Econômica – Pode falar um pouco amis sobre a questão dos projetos que vocês estão desenvolvendo no Oeste?
Luiz Carlos Bergamaschi – Nesses últimos anos, pavimentamos 166 km de estradas. Para esse ano, a expectativa é pavimentar em torno de 105 km, de um total de projeto de 730 km. Essa dificuldade de logística, de transporte, nós estamos atendendo com pavimentação. Isso beneficia não só o produtor, barateando o custo, mas toda a sociedade. Tudo é feito através de uma cooperação. 50% Abapa, 25% aiba, 25% produtores da estrada a ser contemplada.
Bahia Econômica – Quais os principais gargalos que os produtores do oeste enfrentam hoje em dia?
Luiz Carlos Bergamaschi – A região oeste é um campo de empregos hoje na Bahia. Sobra oportunidades com bons salários e falta mão de obra qualificada. Em todos os níveis. Tanto do engenheiro agrônomo, quanto da mão de obra das fazendas. Temos dificuldade em achar pessoas para trabalhar. Hoje também existe uma questão da matriz energética na região em localidades onde a luz não chega no nível que a produção necessita.
Bahia Econômica – Qual expectativa para a safra desse ano?
Luiz Carlos Bergamaschi – Em torno de 588 mil toneladas de algodão em pluma, a cultura vem se desenvolvendo bem, então se espera que tenhamos produtividade tanto quanto a safra passada, ou até melhor. Teremos uma dificuldade em relação ao custo, os preços dos insumos aumentaram muito. Então o agricultor está nessa tomada de decisão, de planejar a próxima safra dentro desse novo cenário que temos
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