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ENTREVISTA COM FELIX MENDONÇA LÍDER DO PDT NA BAHIA

Redação - 27/12/2021 06:55

Bahia Econômica – Deputado, o PDT pretende lançar candidato ao governo do estado ?

Felix Mendonça – Ainda existe essa possibilidade, sim, mas não teremos candidato apenas por ter candidato. Só se de fato tivermos um nome viável, que possa somar nesse processo. Mas temos conversado com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, do União Brasil, e existe a possibilidade de uma composição. Esse diálogo começou com a Executiva nacional do PDT, com nosso presidente nacional Carlos Lupi e o nosso pré-candidato a presidente, Ciro Gomes, e tem ocorrido conosco também, aqui na estadual. Como convidado, estive, inclusive, no evento de lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito.

Bahia Econômica – O PDT hoje está com uma das principais secretarias da gestão municipal com Leo Prates. Isso pode trazer uma aproximação maior do partido com a base do ex-prefeito ACM Neto em 2022?

Felix Mendonça – O PDT não apoiou o prefeito Bruno Reis em 2020 por conta de cargos. Fizemos isso porque naquele momento o nosso candidato a prefeito, que era Leo Prates, não podia simplesmente deixar a secretaria num momento grave de pandemia para concorrer, e Bruno Reis, então, era o melhor nome para Salvador, tinha o melhor projeto e participou de uma gestão exitosa, aceitando a nossa indicação para vice na chapa, Ana Paula. Além disso, o secretário Leo Prates foi uma escolha pessoal de ACM Neto e, depois, de Bruno Reis. Aliás, ele se filiou ao PDT após assumir a secretaria de Saúde de Salvador. Não foi nossa indicação. Claro, se o prefeito desejar ouvir sugestões do PDT para o substituto de Leo Prates, que vai ser candidato a deputado federal, podemos dar sugestões, mas não é um cargo do PDT.

Bahia Econômica – O PDT pode está na base de Rui em 2022?

Felix Mendonça – Não vejo mais essa possibilidade. O PT rompeu conosco por ciúmes, porque não apoiamos o candidato do PT à prefeitura de Salvador em 2020. Eles queriam impor uma candidata tirada do bolso da manga da camisa, sem nenhuma expressão. Como a gente sempre foi independente, não aceitamos, e daí eles romperam. Hoje, o PDT e o PT caminham em sentidos opostos, tanto em nível federal quanto estadual.

Bahia Econômica – Como o senhor pretende trabalhar para trazer harmonia entre os poderes estaduais e federais ?

Felix Mendonça – Eu falei sobre isso nessa questão dos desabrigados por conta das chuvas no extremo-sul. Nesse momento, os governos devem se unir, ter humildade e deixar as brigas políticas de lado. O problema é que o acirramento político está muito grande com essa antecipação da campanha de 2022, e, nesse caso, prejudica os baianos. O governador e o presidente precisam traçar uma estratégia conjunta de ação. Conversei com os colegas da bancada da Bahia e estamos tentando intermediar uma interlocução entre os governos federal e estadual. Veja o que aconteceu durante a pandemia em Salvador: a prefeitura e o governo se uniram, deixaram de lado divergências políticas, e isso tem que ocorrer também neste momento de crise humanitária no sul da Bahia.

Bahia Econômica – O senhor vai se lançar candidato ?

Felix Mendonça – Eu sou candidato a deputado federal novamente. Claro, estou aberto a outras possibilidades, se houver convite. Mas, no momento, sou candidato à reeleição.

Foto: divulgação

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