“Mexeu com a senhora, mexeu com a gente”, afirmou a ministra Damares Alves ao lado da prefeita de Cachoeira (BA), Eliana Gonzaga (Republicanos), que relata ameaças de morte e de ataques racistas desde a campanha eleitoral em 2020. A titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) foi até o município nesta segunda-feira (10) para acompanhar o caso.
Gonzaga foi a primeira mulher eleita para o cargo no município. Além das ameaças à vida da prefeita, dois de seus correligionários foram mortos em crimes com indícios de execução.
A ministra colocou o Governo Federal à disposição para a proteção da vida e do mandato de Gonzaga. “Nós não vamos permitir esse atentado à democracia. Se precisar, o Governo Federal vem auxiliar os órgãos estaduais. Nós vamos te proteger”, afirmou.
“Vocês estão defendendo o direito democrático do Estado brasileiro. Eu disse e reafirmo: são crimes políticos que praticam contra mim. Aos que tentam me calar, não adianta, não vão conseguir. Grandes autoridades do país estão aqui em defesa da democracia”, enfatizou a prefeita durante o encontro.
Na ocasião, Damares ressaltou ainda que o município receberá apoio por meio de recursos e programas federais. A iniciativa vai beneficiar públicos como mulheres, idosos, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias e juventude. “Estamos engajados nessas pautas que não têm religião, cor e bandeira partidária. A igualdade, proteção e combate à violência são causas de todos nós”, disse.
A ministra integra uma comitiva de autoridades do Governo Federal, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário que foi até a cidade para mostrar apoio à prefeita. Também estão presentes em Cachoeira as deputadas federais Celina Leão (PP/DF), coordenadora da Bancada Feminina, Tereza Nelma (PSDB/AL), procuradora da Mulher na Câmara, e, Lídice da Mata (PSB/BA), procuradora-adjunta na Casa.
Participam ainda do encontro o procurador da República, Ruy Nestor Bastos Mello, titular no procedimento que apura as ameaças de morte e ataques racistas contra a prefeita Eliana, a secretária nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto, o secretário nacional de promoção de políticas de igualdade racial, Paulo Roberto, a presidente da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia, Julieta Palmeira e a deputada estadual, Fabíola Mansur (PSB), dentre outras autoridades.
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