

Com o Ibovespa na máxima histórica, escolher as ações para compor o portfólio pode não ser uma tarefa simples. Afinal, alguns podem considerar que não há mais espaço para valorização dos papéis. No entanto, analistas seguem otimistas com a Bolsa. Nas ações que pagam dividendos, há expectativa de retorno de até 15% em um ano. A Petrobras (PETR4) ainda é amplamente recomendada para quem quer montar uma carteira focada em dividendos. Prova disso é que a ação lidera, mais uma vez, o ranking das mais indicadas pelas corretoras em novembro.
Todo mês, o InfoMoney compila as carteiras de ações de dividendos das principais casas do País para mostrar as cinco mais indicadas. Em caso de empate, a lista pode ser maior. Desta vez, a Caixa Seguridade (CXSE3) divide a liderança com a petroleira. A única saída na comparação com o mês anterior foi da Vivo (VIVT3). Confira as ações de dividendos mais recomendadas para investir em novembro e o dividend yield (DY, retorno com dividendos) nos últimos 12 meses até o fim de outubro:
Petrobras (PETR4) – A Terra Investimentos espera dividend yield de 15% nos próximos 12 meses para a ação e afirma que a Petrobras “continua sendo uma excelente oportunidade de investimento, mantendo sua posição como destaque no setor energético”. A corretora destaca o baixo custo de extração e capacidade de pagar dividendos “atrativos”.
Caixa Seguridade (CXSE3) – A empresa distribui cerca de 90% de seu lucro líquido, payout destacado pela Terra como “elevado”, além de um dividend yield entre 8% e 9% que oferece retorno “atrativo”, segundo a corretora. Para os analistas, a ação ainda tem potencial de valorização e de distribuição de dividendos, o que justifica a recomendação de compra.
Vale (VALE3) – A XP decidiu aumentar a participação da mineradora em sua carteira de dividendos de 10% para 12,5%. O movimento é motivado pelas expectativas de um mercado de minério de ferro “bem equilibrado, que apoia um otimismo maior sobre os preços do minério de ferro no curto prazo, combinado com mais um sólido desempenho operacional divulgado no terceiro trimestre de 2025″.
Copel (CPLE6) – A migração da ação para o Novo Mercado da B3, prevista para dezembro, deve aumentar a liquidez do papel e é vista como um fator positivo para a tese, destaca o BTG Pactual. O banco ainda diz que a empresa se beneficia dos preços mais altos da energia, “dada sua posição não contratada para os próximos anos no segmento de geração”.
Itaú (ITUB4) – A XP também aumentou o peso dessa ação em sua carteira de dividendos – de 12,5% para 15%: ”continuamos vendo o banco bem posicionado para manter ROEs (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) acima dos pares e do seu próprio custo de capital, o que explica em parte o valuation mais elevado”.
Fontes: Ágora, BTG Pactual, Terra Investimentos, BB Investimentos, XP, Genial, Santander, Planner, Itaú BBA, Ativa Investimentos e Economatica
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