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PANDEMIA PROVOCARÁ MUDANÇAS NA SAÚDE SUPLEMENTAR

Redação - 29/07/2020 07:45 - Atualizado 29/07/2020

A pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil em março e, com ela, veio à tona uma série de desafios no setor de saúde. Ao longo dos últimos quatro meses, mesmo com todos os esforços nas esferas pública e privada, percebeu-se que o sistema anseia por mudanças. É preciso rever o modo como os pacientes são atendidos e como os prestadores de serviço são pagos, para que mais pessoas tenham acesso à saúde e para que o setor seja sustentável.

Segundo André Machado Junior, diretor de Mercado da Qualirede, empresa especializada em gestão de saúde, uma das opções é investir mais na Atenção Primária à Saúde (APS). A Atenção Primária à Saúde tem o poder de coordenar o cuidado e regular melhor o uso da assistência à saúde. As clínicas de APS contam com uma equipe de saúde da família que acompanha, monitora e cuida de cada pessoa de acordo com a sua condição de saúde, respeitando fatores como a idade, gênero, condições físicas e doenças pré-existentes. Ao promover a saúde e prevenir doenças, as clínicas de APS melhoram a qualidade de vida das pessoas e contribuem com a sustentabilidade financeira do setor privado e com a economia do país, já que evitam desperdícios em saúde e o uso descoordenado, pois passam a cuidar da pessoa e não da queixa/doença.

“Embora ainda sejam pouco difundidas e valorizadas no Brasil, algumas medidas têm sido adotadas para estimular que a atenção primária seja o principal agente de cuidado e da gestão da saúde populacional, como resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que apoiam este modelo e até certificam as clínicas, formações mais frequentes de médicos da família e mudanças no modelo atenção em saúde com a implantação de APS por parte de algumas operadoras de saúde. Isto mostra que o movimento para a transformação já começou, mas ainda está lento, quando comparamos com todo o modelo de saúde suplementar que está instaurado no Brasil”, comenta.

Foto : Divulgação

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