A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, se tornou peça fundamental para a BYD entrar no mercado da América Latina. Isso porque, houve anúncios de tarifas para veículos chineses em diversos países da região, sendo a principal resistência vem do México, que tem política mais protecionista de defesa da indústria local.
O plano é que a planta em Camaçari se torne um hub de exportação para os demais países da região.
“A planta de Camaçari tem plenas condições de se tornar um polo exportador para toda a América do Sul e, futuramente, até mesmo para outros continentes, como a Europa, sempre em sintonia com eventuais acordos bilaterais ou tratados comerciais firmados pelo Brasil”, explicou o Vice-Presidente Sênior e Head de Marketing e Comercial da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, em entrevista ao site da Bloomberg Línea.
Vem daí o anúncio da montadora chinesa no último dia 9 de outubro, afirmando que a BYD de Camaçari vai dobrar a capacidade de produção de 300 mil para 600 mil veículos por ano.
O México não quer deixar o país se tornar porta de entrada para os Estados Unidos, mas o Brasil tem um acordo de livre comércio de peças e veículos com o país vigente desde 2002, tratado que foi ampliado para incluir caminhões e ônibus em 2023.
A fábrica da BYD na Bahia ajudaria a montadora com o México, porque o acordo com o Brasil permite exportar sem tarifa. Já os veículos enviados diretamente da China para o mercado mexicano podem pagar até 50% de imposto.
O executivo acrescentou que a montadora está em fase de investimento de R$ 5,5 bilhões no complexo de Camaçari e contempla a criação de um centro de tecnologia para desenvolvimento e inovação. A companhia apresentou neste mês o primeiro modelo com sistema híbrido plug-in flex, que pode ser abastecido tanto com gasolina quanto etanol.
De janeiro a setembro de 2025, as vendas da marca no Brasil somaram 77.198 unidades, crescimento de 50% sobre igual período do ano passado. Com informações da Bloomberg.
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