Bahia Econômica – Como o estaleiro se mantém, quais são as funções dele hoje?
Ricardo Ricardi – Nos últimos anos, estamos focados na diversificação de nossas operações, passando a atuar como um complexo logístico-portuário (encerramos 2023 com o marco de 2 milhões de toneladas movimentadas, com destaque para o início das operações de granéis vegetais), prestando ainda serviços de reparo naval e participando de bids relacionados ao segmento de construção naval & offshore. A retomada plena de uso das instalações depende da retomada de encomendas voltadas à construção naval & offshore.
Bahia Econômica – O estaleiro estaria pronto pra retomar a produção no caso de novas encomendas da Petrobras?
Ricardo Ricardi – Sim, acumulamos ao longo da história grandes feitos e já empregamos diretamente cerca de 9 mil pessoas entre os anos de 2013 e 2014. Estamos prontos para atender novas demandas.
Bahia Econômica – Qual o nível de conteúdo local desses projetos seria viável?
Ricardo Ricardi – De forma geral, esse é um movimento muito positivo. A Enseada vê com grande interesse novas demandas para o setor naval e entende que é possível atender de forma competitiva os percentuais de conteúdo local nos patamares defendidos pela própria indústria.
Bahia Econômica – Como é avaliada a possibilidade de competição internacional do estaleiro?
Em termos de produtividade, o Estaleiro Enseada consegue ser muito competitivo. No entanto, deve-se considerar fatores diversos que representam o custo brasil, que é inerente ao próprio país, e como ele impacta a comparação de preços, principalmente em relação aos países asiáticos.
Bahia Econômica – O estaleiro já tem encomendas para produção?
Ricardo Ricardi – Ainda não há nada firmado, mas estamos otimistas de que novas encomendas serão fechadas em breve.
Bahia Econômica – O estaleiro já estaria contratando pessoal prevendo essa retomada?
Ricardo Ricardi – Não. Essa contratação está condicionada a novos contratos.
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