Em entrevista ao POD 13, videocast do Partido dos Trabalhadores da Bahia, exibido nesta segunda-feira (20), o senador e líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner, destacou a importância da renovação dos quadros da legenda para estimular o ingresso de mais jovens na política. “Eu acredito no que a gente está fazendo, só que eu sou um pregador da renovação. Porque essa moçada de 16 e 24 anos tem que vir para dentro da política, tem que vir para cá, não precisa ser no PT, tem que entrar na política e que também não se faz só de partido político, se faz em movimento social, se faz no movimento sindical, se faz na igreja, se faz numa porção de lugares”.
Na entrevista, o senador afirmou que acreditava no melhor desempenho de Jerônimo Rodrigues, a grande novidade das eleições de 2022. “Eu sempre preguei a renovação, então fui eu, foi Rui, e quando o pessoal queria que eu fosse candidato a governador, eu falo isso e ninguém acredita, mas eu acredito, eu ia arrancar muito melhor do que Jerônimo, claro, já estava na cabeça das pessoas, de governador, amigo do Lula, mas eu não ia chegar na reta final tão bem quanto ele. E ia ficar muito mais fácil para os caras dizerem assim ‘ah, é o mesmo cara, é ping-pong, é dele para Rui, de Rui para ele'”.
Jaques Wagner disse ainda que a tese do cansaço usada pela oposição não dá resultado porque no campo do PT e dos partidos aliados há alternância de poder entre lideranças políticas com características diferentes. “Porque a gente não é grupo de um dono. Esse é que é o problema, cansou do outro grupo, que todo mundo sabe quem era o dono, podia mudar o governador, mas todo mundo sabe quem é que decidia as coisas”, disse, ao ressaltar: “Não tem mais chefe aqui, tem líder, tem governador, tem deputado, por isso é que não envelhece se a gente continuar nesse caminho”.
O senador falou ainda que a renovação, iniciada com sua gestão, e que teve continuidade com Rui Costa e agora com Jerônimo, promoveu uma oxigenação no projeto político do PT. Isso possibilitou importantes saltos para o estado avançar, com gestores com estilos diferentes, mas com o mesmo projeto político, o mesmo lastro de construção, prioridade pelos que mais precisam, paixão pela democracia e respeito aos adversários. “O projeto é o mesmo, mas Wagner é de um jeito, Rui é de outro, Jerônimo é de outro, isso é bom para oxigenar, é por isso que eu acho que ninguém tem que se eternizar no poder”, concluiu Wagner.
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