Profissionais do governo planejam uma turnê global em 2024 para promover os projetos do Novo PAC, o principal plano de investimento em vigor. A intenção é atrair investimentos de fundos soberanos e parceiros privados, especialmente em um momento de restrição financeira no Orçamento. As informações são da CNN.
Durante o primeiro semestre, as equipes farão paradas na Europa, visitando a Espanha em março e a França em abril, com uma viagem planejada para os Estados Unidos em maio. Na segunda metade do ano, o foco estará no Oriente, com visitas programadas à China, Arábia Saudita e Singapura.
George Santoro, Secretário-executivo do Ministério dos Transportes, explicou em uma entrevista à CNN que o ano de 2023 foi dedicado a ouvir investidores e melhorar os processos internos dos projetos. Um “road show” de teste foi realizado em Portugal para avaliar a eficácia das abordagens.
Após essa análise, ficou claro que essas viagens devem ser integradas a uma agenda governamental. As visitas são coordenadas através das embaixadas dos países e, geralmente, precedidas por reuniões com autoridades locais.
O Novo PAC apresenta uma carteira de projetos avaliados em R$ 1,7 trilhão, representando um desafio para o governo no equilíbrio entre viabilizar esses recursos e reduzir o déficit primário. Os investimentos enfrentam competição com emendas parlamentares na composição orçamentária atual.
Segundo a consultoria Global SWF, os fundos soberanos em todo o mundo possuem recursos totalizando R$ 11,3 trilhões. Os países que serão visitados pelos técnicos abrigam alguns dos maiores fundos globais, como os chineses CIC (US$ 1,2 trilhão) e Safe IC (US$ 1 trilhão), o saudita PIF (US$ 700 bilhões) e o americano Alaska PFC (US$ 74 bilhões).
Apesar disso, Santoro destaca que o investidor privado também é alvo de interesse. Inicialmente, são realizados eventos nos países para um público de 50 a 100 pessoas, seguidos por reuniões bilaterais com bancos e fundos de investimento para estreitar laços entre o Brasil e os investidores.
foto: Henrique Coelho/ g1
fonte: CNN