Bahia Econômica – Deputado, hoje o nome do deputado Robinson Almeida foi anunciado como nome da legenda para campanha das eleições do ano que vem. Porém a base aliada ainda não confirmou. Inclusive o PC do B colocou o nome de Olívia Santana. Na sua opinião existe possibilidade de pulverização de candidatos na base do governador?
Davidson Magalhães – Nós defendemos a unidade da chapa. A estratégia da pulverização adotada durante as eleições anteriores se mostrou um desastre. Acaba fortalecendo o grupo que administra a cidade que concentra a força da prefeitura e acaba que as outras campanhas ficam suprimidas. Então, nós do PC do B estamos atrás da unidade política. Nesse período é legitimo cada partido colocar seu nome para campanha como pré-candidatos. O PC do B colocou Olivia Santana e outros partidos também colocaram seus nomes. Mas com certeza se na hora da escolha final a base deve ficar unida nas eleições.
Bahia Econômica – Existe a possibilidade nesse contexto do PC do B apoiar o nome de Geraldo Junior para prefeitura em 2024?
Davidson Magalhães – Geraldo Júnior é nosso vice-governador e tem muita competência no trabalho. Então como ele mesmo já disse, caso tenha que apoiar Olívia Santana se ela for à escolhida nós também estaremos com ele caso ele seja o nome escolhido da chapa. Estamos muito confortáveis com essa decisão. Quem quer apoio também tem que saber apoiar. Essa é a política.
Bahia Econômica – O PC do B colocou o nome de Olívia Santana no contexto político para eles municipais. Porém ainda não anunciou nenhum apoio a esse nome. Como está essa articulação interna.
Davidson Magalhães – Temos uma base muito sólida na Bahia e em Salvador. A montagem da chapa final vai depender dessa unidade política. Não temos como precisar agora quem estará onde nas eleições. Mas temos sim apoio de uma base que não ó de partidos de esquerda, também tem outros partidos como MDB e toda a base do PT na administração. Então essa questão da montagem da chapa passa por esse ponto.
Bahia Econômica – Sobre as últimas declarações do ex-prefeito ACM Neto sobre a segurança na Bahia, como o senhor observa essa questão?
Davidson Magalhães – O ex-prefeito está sem palanque. Está fora de contexto. Nós também estamos vendo a questão da segurança como prioridade máxima. Mas não acredito que seja só um problema do estado da Bahia. Essa é uma questão maior. Passa também pela ausência de serviços da prefeitura nas periferias da cidade. A prefeitura de Salvador faz obras de maquiagem e não tem projetos que insiram o trabalho nas periferias da cidade. Isso dificulta muito. Então eu acho que o ex-prefeito está usando a oportunidade para tentar surgir no cenário político.
Bahia Econômica – Sobre as eleições no interior do estado. Como o PC do B irá se comportar?
Davidson Magalhães – Nós vamos buscar o fortalecimento do partido. Acredito que vamos buscar a reeleição de nossos prefeitos, nossos vereadores e buscar o crescimento da legenda. Nas 18 principais unidades políticas no estado vamos buscar a unidade da chapa visando o crescimento da base. E caso nós conseguimos uma vitória expressiva nesses locais, eu acredito que ACM Neto nem venha candidato a nada em 2026. Já correu uma vez vai correr de novo.
Foto: Joilson César / BNews