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ARMANDO AVENA –  O NOVO PRESIDENTE DA FIEB E A INDÚSTRIA

Redação - 17/08/2023 09:22 - Atualizado 24/08/2023

Em outubro próximo, a Bahia terá lugar de destaque na indústria brasileira com a posse de Ricardo Alban na CNI – Confederação Nacional da Indústria e, em seu lugar, na FIEB – Federação das Indústria do Estado da Bahia, vai assumir o engenheiro Carlos Henrique Passos, que hoje ocupa uma das vice-presidências. Converso com o futuro presidente da Fieb sobre seus planos e as perspectivas da indústria baiana. Passos vê boas perspectivas para nosso parque industrial e lista fatos novos como a vinda da BYD, que vai produzir carros elétricos, o parque de energia renovável e solar e a vinda de uma empresa chinesa para produzir turbinas, a indústria de hidrogênio verde e outros. Mas cita também os desafios, especialmente os relacionados com a infraestrutura, como energia e logística. Segundo ele, a necessidade de investimentos em ferrovias, rodovias estruturantes e portos é fundamental para dar competitividade à indústria, mas é tão ou mais indispensável a conexão entre esses modais.

Na infraestrutura, destaca também a importância do suprimento de energia para que haja o beneficiamento da produção. “Na região Oeste, por exemplo, a produção de algodão é um estímulo para a implantação de plantas industriais, mas para isso é preciso viabilizar energia”. E lembra que se não houver taxa de retorno no investimento para a concessionária, o empresário, ou o Estado, terá de pagar parte do investimento em energia.

Em relação à atração de investimentos, diz que os incentivos fiscais e os fundos regionais previstos na reforma tributária podem reduzir o diferencial de custo que existe entre a produção no Nordeste e no Sudeste. “O objetivo dos incentivos fiscais é tornar igual os diferentes. Já existe um certo consenso de que esses benefícios acabam em 2032, mas por enquanto eles são fundamentais para dar igualdade de condições”, afirma.

Carlos Henrique está preocupado também com a cadeia de óleo, química e petroquímica, líder do setor, e que reúne empresas âncoras como Braskem, Unigel, Acelen e outras, já que com a guerra na Ucrânia, a Índia tornou-se super competitiva, pois passou a comprar petróleo mais barato da Rússia. E, além disso, o preço do gás no Brasil é pelo menos 3 vezes maior que nos Estados Unidos, por exemplo. Em relação a Acelen, diz que a Petrobras tem de estabelecer uma política de preços que traga equidade ao setor e não prejudique um player privado que é uma das maiores empresas da Bahia.

Comenta então sobre o Senai/Cimatec e, além da unidade de Salvador, lembra a expansão impressionante do Cimatec Park, em Camaçari.  Anuncia a criação do Cimatec Sertão, na região do Sisal, em Conceição do Coité, para a exploração do agave como biocombustível num projeto em parceria com a Shell. O centro de pesquisas terá potencial para “revolucionar a economia do sertão” e está prevista sua expansão para outras áreas como mineração, energia renovável e segurança hídrica. Do mesmo modo, o Cimatec Mar, uma parceria com a indústria do petróleo.

Passos vê também possibilidade de parceria com a BYD na área de combustível e desenvolvimento de tecnologia. E considera viável a união da BYD na Bahia e da Stellantis em Pernambuco para ajudar na formação de um polo de fornecedores e autopeças no Nordeste, reduzindo assim os custos na fabricação dos veículos. Por fim, Carlos Henrique Passos afirma que seu compromisso à frente da Fieb será o de manter o sistema a serviço da indústria, continuar com sua interiorização e com a expansão dos serviços e fortalecer a pequena e média empresa, estimulando a cooperação com as indústrias âncoras.

MELHORES CIDADES NA BAHIA

Barreiras e Lauro de Freitas estão entre as 5 melhores cidades do Nordeste em avaliação dos indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida, segundo estudo da Bright Cities, que avaliou 326 municípios com mais de 100 mil habitantes. A cidade de Sobral, no Ceará, obteve a melhor pontuação do Nordeste, (75ºlugar )por conta de seus índices educacionais.  Depois vem Recife, Barreiras, Lauro de Freitas e Aracaju. Na Bahia, aparecem como as 5 melhores, além de Barreiras e Lauro de Freitas,  Salvador, Itabuna e Feira de Santana. Todo ranking tem suas especificidades. Este avalia 5 pilares: prosperidade, gestão, bem-estar, segurança e infraestrutura e serviços básicos.

 

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