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ENTREVISTA COM JOÃO ROMA LÍDER DO PL NA BAHIA

João Paulo - 01/05/2023 07:00 - Atualizado 02/05/2023

Bahia Econômica – Como o senhor avalia os 100 primeiros dias do governo Lula e do Governo de Jerônimo?

João Roma – Muitos eleitores que votaram em Lula nas últimas eleições já estão decepcionados com os rumos tomados pela gestão petista. Tem sido uma gestão baseada em vingança. É um presidente imbuído em perseguir adversários. Enquanto isso, o povo sofre com o processo inflacionário e com insegurança jurídica que afasta investimentos. É difícil avaliar o governo de Jerônimo Rodrigues pela sua muito pouca consistência. A população baiana ainda não viu movimentação consistente, sequer um plano de ação do governo. O que vemos na Bahia é o aumento da violência e dos impostos.

Bahia Econômica – O senhor tem viajado por alguns municípios da Bahia e concedido muitas entrevistas de rádio. O pensamento nesse momento do senhor é ser candidato a prefeitura no ano que vem?

João Roma – O nosso objetivo no momento é estruturar o partido em toda a Bahia. Por isso as viagens aos municípios. No próximo dia quatro de maio, deveremos estar em Teixeira de Freitas para instituir o diretório municipal de lá. Não descarto a minha candidatura a prefeito de Salvador, conforme venho declarando em entrevistas. Mas essa decisão não foi tomada ainda porque depende do consenso partidário de o que será melhor para o PL: uma candidatura própria ou a aliança com outro candidato.

Bahia Econômica – Qual a estratégia do PL para crescer no interior do estado nas eleições de 2024 ?

João Roma – O PL está buscando novos nomes para a política baiana. Cidadãos insatisfeitos com as opções existentes e identificados com os valores da liberdade, da democracia e de um estado que não fique no seu cangote a lhe asfixiar com tanto imposto, sem reverter isso em desenvolvimento econômico e social, tampouco em prestação de serviços de qualidade e segurança pública. Quem não está satisfeito com o campo da esquerda tem o caminho da direita a seguir. E o PL está de portas abertas para reunir essas novas lideranças e transformar a Bahia, a começar por cada um de seus 417 municípios nas eleições de 2024.

Bahia Econômica – Como o senhor avalia esse arcabouço fiscal do governo federal?

João Roma – O equilíbrio das finanças do governo federal é imprescindível ao controle da inflação e à capacidade do investimento público para a indução do desenvolvimento social e econômico do país. A proposta do arcabouço fiscal é bastante complicada e tem provocado muitos questionamentos, suscitando dúvidas. O que se tem notado é que a proposta, em vez de racionalizar, tenta preservar o crescimento do gasto público. O que não surpreende porque está no DNA do PT a gastança do dinheiro público. É possível que já este ano haja um grande aumento da dívida do governo, tornando muito difícil o controle do endividamento, com o risco de provocar um círculo vicioso: mais dívida, taxa de juros maiores e menos crescimento da economia.

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