Bahia Econômica – Como o senhor avalia o resultado das urnas na Bahia?
Kléber Rosa – No cenário nacional um resultado esperado. Se você parar para analisar a força de Lula na Bahia e no Nordeste é muito grande. Isso foi fundamental para ele ter essa larga vantagem no segundo turno. E na Bahia eu acredito que do meio para o final da campanha, o clima de polarização foi instalado e os votos ficaram concentrados em ACM Neto e Jerônimo Rodrigues. Nós acreditamos que os votos atribuídos a João Roma e a mim foram decisivos para garantir o segundo turno no estado, então as eleições no estado foram marcadas por esse cenário.
Bahia Econômica – Como o senhor avalia o desempenho do Psol nas urnas em 2022?
Kléber Rosa – Com certeza o Psol sai fortalecido da campanha. Apresentamos uma campanha grande que apresentou a sociedade um projeto. Isso foi a ponto fundamental. Uma campanha altamente ligada ao popular, com representantes populares como Tâmara, então eu acho que a campanha sai fortalecida.
Bahia Econômica – Qual a sua opinião sobre a neutralidade de ACM Neto em relação à campanha presidencial em 2022?
Kléber Rosa – O ex-prefeito cometeu muitos erros nessa campanha. Não ter uma posição oficial nacionalmente foi um deles. Talvez o maior de todos, mas não foi o único. A escolha da vice ligada ao empresariado baiano ao invés de uma articulação política forte também foi um erro que trouxe desgaste para ele. A escolha da opção de pardo na campanha trouxe outro desgaste para ele. Então o resultado veio nas urnas.
Bahia Econômica – O senhor pretende seguir na vida pública e pensa em ser candidato em 2024?
Kléber Rosa – Sim. O Psol tradicionalmente lança candidato à prefeitura de Salvador e nós vamos manter essa política e meu nome vai seguir militando pelo partido. Mais próximos das eleições de 2024 nós vamos decidir se serei eu ou não o candidato, mas eu vou seguir na luta com certeza.