Uma empresa baiana, instalada no Polo Industrial de Camaçari, não só está ampliando seus investimentos, como está criando uma criptomoeda.
Trata-se da Cibra Fertilizantes que tem como sócios os grupos americano Omimex e britânico Anglo American, que pretende investir R$ 250 milhões na implantação de uma fábrica em São Luís do Maranhão, a menos de 10 quilômetros do porto de Itaqui. A unidade terá capacidade para fabricar 500 mil toneladas anuais de adubos à base de nitrogenados, fosfatados e potássicos – grupo de macronutrientes conhecido como NPK. O plano é concluir as obras em dezembro de 2023.
A companhia planeja atender principalmente os agricultores do “Matopiba” – área de confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a mais recente fronteira agrícola a se consolidar no Brasil.
A empresa tem 13 unidades espalhadas por Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Além disso, a empresa anunciou a criação da CibraCoin, criptomoeda lastreada em quilos de MAP (fertilizante fosfatado), cloreto de potássio (KCl) e ureia, que passou na fase de testes. O volume movimentado em seis meses foi pequeno em relação ao total de vendas, mas a expectativa é que a opção ganhe corpo conforme o agricultor adote mais mecanismos de hedge.
O criptoativo foi anunciado poucas semanas antes da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro, que levou os preços dos adubos às alturas. Com incertezas no ar, a Cibra emitiu rapidamente três mil unidades da moeda – ou mil toneladas de cada produto.
Os produtores e investidores podem solicitar a retirada dos insumos em qualquer uma das 11 unidades da empresa no país. Com uma movimentação anual na ordem de 2 milhões de toneladas.
Uma vantagem para o produtor é que, se ele não quiser o ativo físico, pode vender a CibraCoin à própria companhia pelo valor vigente e usar o recurso para outra finalidade. com informações do jornal Valor Econômico.
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