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BERNARDO DE MENEZES – COVID, NOMADISMO DIGITAL E UMA NOVA FORMA DE FAZER TURISMO

Redação - 11/08/2021 10:28

A tecnologia online, potencializada por uma radical mudança de comportamento decorrente da pandemia, estreitou o limite entre o trabalho e o lazer, colocando em evidência o termo nômade digital. Sem dúvida, o trabalho remoto também está criando um novo perfil de viajante: aquele que (dispondo de condições financeiras, claro) adotou uma alternativa de aliviar o estresse da pandemia, unindo o útil e agradável. É o conhecido nômade digital.

E eles são muitos em todo o mundo. Segundo especialistas, o nomadismo digital caminha a passos largos para se consolidar como formato de trabalho pós-covid.  A prática do home office não teve a avassaladora disseminação da covid 19, é bem verdade. Mas a modalidade vem crescendo o suficiente para várias empresas já descartarem a possibilidade da volta do trabalho 100% presencial quando a pandemia passar (sobre quando isso ocorrerá, ninguém arrisca um palpite). É fato que, em função disso, muitas empresas já estão fechandosuas sedes administrativas e escritórios em todo o planeta.

Ainda no segundo semestre do ano passado, 90% das 213 empresas ouvidas no Brasil pela FIA Employee Experience (FEEx) aderiram a alguma modalidade de home office. Os números são de uma pesquisa que integra o Prêmio Lugares Incríveis Para Trabalhar (uma parceria entre a Fundação Instituto de Administração-FIA- e o UOL). O home office também impactou a forma de fazer turismo. Dentre outras consequências, cresceu muito a opção por trabalhar remotamente a partir de pousadas, hotéis e imóveis de aluguel por temporada, muitos deles inclusive em “lugares incríveis”.

A plataforma de hospedagem Airbnb, que conecta proprietários a viajantes interessados em alugar temporariamente um espaço, teve seu valor de mercado superado em US$ 100 bilhões graças em boa parte à disseminação do home office pelo mundo. Isso, após a empresa americana que opera um mercado online de hospedagem registrar um prejuízo milionário nos primeiros nove meses de 2019(portanto, antes da pandemia), com perda líquida de US$ 322 milhões até setembro, segundo The Wall Street Journal.

 

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