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COLBERT MARTINS – PREFEITO DE FEIRA DE SANTANA

Redação - 08/02/2021 08:22 - Atualizado 08/02/2021

1- Como a pandemia afetou a economia de Feira de Santana? E como a prefeitura enfrentou o problema?

Resposta Colbert Martins – Afetou do ponto de vista da economia e da saúde, em  que a partir do dia 6 de março e de 2020 restringimos ações utilidades de deslocamento de pessoas. A prefeitura foi obrigada a tomar medidas restritivas de funcionamento de vários setores de atividade econômica  da cidade e logo em seguida, houve uma redução de poder de compra  da população e com a redução da quantidade de pessoas utilizando transporte público, como também redução de vendas. Ouve sim, um grande impacto econômico e financeiro em decorrência das restrições impostas e do medo que as pessoas tinham e em razão do desconhecimento naquele momento e agora mais ainda com as informações recentes pelos números de mortes que ocorreram em várias partes do Brasil.

Nós avaliamos os impactos maiores e quais as áreas e regiões que era necessário agir mais,  pois Feira de Santana tem uma área rural com mais de 50 mil habitantes.  Por  tanto, com características completamente diferentes. Como Feira é uma cidade logisticamente integrada ao norte ao sul do Brasil. Com quatro ou cinco rodovias  federais cruzando diretamente a cidade, não foi muito fácil fazer esse tipo de bloqueios. Feira de Santana tem mais de 10 ou 15 ônibus diários que chegam de Belo Horizonte, São Paulo, Rio, e vão para Belém do Pará, Pernambuco, Ceará. Essas situações impactaram muito, mas nós tivemos  que ter bloqueio muito fortes. Os bloqueios que foram realizados aqui dentro da nossa cidade surtiram efeitos, até que no mês de maio e parte de abril nós perdemos a transmissão comunitária que você sabe não de onde vêm. A partir daí, nos  vamos aguardar o grande momento que a chegada da vacina, que aconteceu este ano que é  o grande evento  do ponto de vista da economia e da saúde no mundo vai acontecer após a vacinação

2- Feira de Santana é a segunda maior economia da Bahia e um centro de distribuição de cargas. Como o senhor vê o desenvolvimento recente da cidade e as perspectivas após a pandemia?

Resposta  CM – Com os seguintes gargalos que precisam ser resolvidos imediatamente, nós precisamos de modal ferroviário funcionante. Temos uma ferrovia  a  30 km de distância que foi privatizada e agora está em precaríssimo estado de manutenção  e conservação com  trens absolutamente antigos e inadequados.

 Mas de qualquer forma são 70 km até o porto de Aratu que é um dos maiores portos da Bahia e do Nordeste. Isso precisa ser resolvido, inclusive a cidade Cachoeira tem um gargalo ferroviário imenso que já foi projetado uma forma de atuação há mais de vinte anos não saiu do papel. Feira de Santana precisa de um aeroporto que o governo do estado não resolve a situação há mais de 20 anos. Nós precisamos de um modal aéreo. E a integração das rodovias que aqui em Feira os fazem. Nós precisamos ter um componente logístico. Feira age com entroncamento  rodoviário, um conceito de  engenharia, que basicamente é cruzamento de estrada,  podemos ter  sim, do ponto de vista  logístico, uma maneira para que esses transportes tenham aqui em Feira um local se integrarem a distribuição, mas precisam ser feito utilizando principalmente a tecnologia.

3-Como está a situação do centro industrial de Subáe?  A secretaria de desenvolvimento econômico vem ajudando  ou investindo no centro?

Resposta  CM  – Há dois anos o centro Industrial de Subaé foi extinto e sepultado. O que nos temos é um centro que não tem nenhum tipo de organização, a secretaria de  Desenvolvimento trata Feira de Santana como uma carteira burocrática, lá em Salvador. As empresas que chegam com intenção de implantação de novas empresas em Feira  são direcionadas para o lugar mais próximo de Salvador, como Centro Industrial de Aratu de Camaçari. Para chegar aqui em Feira somente com um  grande esforço. Então, as áreas  de transporte de iluminação quem dá a manutenção a  prefeitura de Feira de Santana.  E a importância do Centro Industrial de Subaé é absolutamente zero, nenhuma sem investimentos. O número de empresa em torno de 1200, 1400 continua exatamente aquelas que estavam lá instaladas. Novas  empresas instaladas que eu tenha conhecimento de lá instalas, nenhuma. Então existe uma desindustrialização do governo da Bahia com relação ao centro industrial de Subaé.

4-Como o senhor já tem experiência como prefeito, como o senhor  tem visto a ação do governo do estado em relação ao apoio econômico e social em feira de Santana?

Resposta  CM  – Só para se ter uma idéia, nós temos um centro de convenções que está parado há mais de 20 anos, o Governo do Estado da Bahia começou abandonou está lá totalmente abandonado. Do ponto de vista positivo a Embasa está investindo na ampliação da rede de água aqui na cidade  e na região metropolitana da nossa região. A prefeitura  assinou um contrato com a Embasa em agosto do ano passado e a empresa hoje é contratada da prefeitura não é concessionária, mas como contratada tem obrigação de colocar esgoto em 95%  da cidade até em 2023. A Embasa está sendo privatizada e está abrindo o capital. Às vezes o Partido dos Trabalhadores não gosta, mas é privatizar sim, quando é necessário que se faça. Assinamos essa  pré-condição na ampliação de abastecimento  de água e de esgoto em Feira de Santana até 2023.

5 – O que o senhor destaca no ambiente econômico e social em Feira de Santana?

Resposta  CM   – Abertura que Feira de Santana traz positiva é ter uma proximidade muito grande com um grande porto que é o Porto de Aratu,  ele é uma grande porta ao nordeste inteiro, nós temos também  temos acesso do norte ao nordeste através de rodovias  e outros entrecruzamentos com relações a redes de estradas de ferro. Feira de Santana tem uma grande capacidade tecnológica, há uma grande cobertura  de internet  para permitir que as ligações do ponto de vista de rede sejam mais rápidas. Feira de Santana tem grande abertura para investimentos na área de saúde, depois de Salvador é  maior rede de saúde do Estado.  E ao meu ponto de vista, tem potencial para voltar a ser uma área na área de agricultura e pecuária. Feira até alguns anos atrás era referência na bolsa de valores em preço de arroba de bois. Acabou, sumiu. Está na hora da tentar voltar dentro dessa área de agronegócio essa cidade ressurgir das cinzas.

6-Por causa da pandemia foi obrigado a suspender a micareta de Feira de Santana. Existe a perspectiva de uma nova data para o evento?

Resposta  CM  – Vou aproveitar para falar da área de turismo Feira de Santana tem uma área que precisar ser vista, é o maior lago que a Bahia tem, maior caixa d’ água da Bahia que é o lago de Pedra do Cavalo. Onde é um lago que está em Cachoeira daqui a 30 km de Feira de Santana. Portanto, é  uma área que precisamos voltar a ter atenção. A Bahia está de costas para a barragem de Paraguaçu e nós precisamos ficar de frente para ela.

Enquanto a micareta, nós vamos aguardar um nível de vacinação que nos permita que tenhamos segurança para poder permitir  que pessoas juntas como acontece hoje não aumente o nível de transmissibilidade da doença. No momento atual juntar pessoas é aumentar o risco de transmissão de doenças, na seqüência disso internações e mortes.

7- Na sexta-feira, 29, o senhor autorizou o funcionamento de bares e restaurantes até as 23h. Tem alguma mudança para novas mudanças nas restrições? O comércio e as escolas têm alguma nova mudança para ampliar ou restringir mais o funcionamento?

Resposta  CM – A escola tem nesse momento vive um dos piores dos dramas, que vai ficar marcado negativamente na epidemia do Brasil. É o fechamento das escolas públicas, as crianças da rede privada tiveram aulas de forma remota durante todo ano de 2020. A  rede pública não teve nenhuma aula. Todos os funcionários da educação receberam em dia, ninguém que trabalha da educação teve atraso de nada. É preciso que se  entenda que o novo formato é um formato híbrido, não vão ser as salas de 35 alunos  e sim será a metade, mas é preciso ter atividades escolares hibridas. É preciso que todas as crianças possam tê-los. Não é correto que universidades públicas com adultos estejam fechadas sem poder fazê-lo de forma semipresencial. Um dia vai uma turma e outro dia vai outra. Não é possível que o ensino médio esteja trancado, fechado onde tem adulto com mais de 18 anos que não possam fazer atividades hibridas, que eles não possam ter alternativas de atividades semipresenciais. No mundo não aconteceu isso, as escolas funcionaram. A Bahia precisa sair disso, que carimbar no currículo escolar dessas crianças como o ano de 2020, um ano 0 para elas. As escolas de Feira de Santana estão preparas, nós estamos comprando conteúdo de ensino à distância se a autorização for dada, estamos prontos para dar continuidades às aulas.

Enquanto funcionamento dos bares e restaurante voltou até às 23h. Quando as pessoas chegam nos bares um das primeiras coisas fazem ao sentar  é baixar as máscaras. Às vezes estimulados pelo efeito das bebidas, as pessoas falam mais alto, e falando gotículas de saliva voam  e é onde o Covid-19  adora. E nesse contexto temos pessoas que são contaminadas. Portanto, se os donos dos bares mantiverem a manutenção da distância, que muitas vezes nem é culpa deles, muitos dos clientes infringem as regas e por isso voltamos para o horário de 23h.

8-No último dia 1º, o senhor nomeou três novos secretários para como o senhor apresenta essa renovação de quadro do funcionalismo?

Resposta  CM –  Nós estamos fazendo mudanças e inovações na prefeitura. Estamos  nesta semana com equipe de assessoria  para fazermos uma mudança na  estrutura do município  como um todo, do ponto de vista administrativa. Estamos fazendo sim uma rotatividade. Houve uma renovação de quase 50% no quadro dos secretários estamos querendo renovar ainda mais e possibilidade de extensão das secretárias atuais. Queremos fazer uma renovação de qualidade e um dos pontos mais importantes é   na tecnologia.

9-O senhor teve uma vitória importante 2020/2021 e fortaleceu sua liderança  em termos políticos, quais são suas perspectivas?

Resposta  CM –  Terminar meu mandato é meu compromisso.

10 – E por último Como está a vacinação da cidade? Vi que tem ação de drive-thru , mas são para profissionais de saúde correto?

Resposta  CM  – Tivemos que suspender a vacinação do drive-thru , após quase 2 mil imunizados em dois dias pois profissionais de educação física optaram por ultrapassar os limites da prioridade. Eles foram para internet que conseguiram a vacina, em razão de terem feito esse ato anticidadania,  eles podem esperar mais um pouco e nós resolvemos   parar o funcionamento de drive-thru  e vamos  voltar à população de acima 90 anos que começaremos no final de semana que passou a vacinar essa população muito mais vulnerável. Estamos com mais de 15 mil das 16 700 vacinas que recebemos  aplicadas, quase  16 mil vacinas aplicadas. Esperamos ter mais vacinas, lembramos que essa é a primeira dose de uma cidade, falta muito para conclusão da vacina   de 620 mil habitantes temos, e assim retomar a saúde e economia da cidade.

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