Por: João Paulo Almeida
Segundo dados de uma pesquisa do Serasa Experian antecipado ao G1, o setor de serviços foi o mais impactado no comércio com a pandemia do coronavírus. O número de solicitações de recuperação judicial saltou de 44 em março para 92 em abril. No mesmo mês do ano passado, foram 56. No comércio, foram 13 solicitações em abril, na indústria, 12, e no setor primário, 3.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o presidente do sindicato dos comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, criticou a ação dos governantes que ainda não tiraram do papel a questão da ajuda as empresas. “Nós observamos uma atuação fraquíssima por parte dos governantes que não estão fazendo com que o comércio e o varejo criem condições mínimas de sobrevivência na crise. Nesse momento seria muito importante para dá fôlego as pequenas e médias empresas, que são as maiores geradoras de empregos, mas infelizmente só está no papel”, disse .
O levantamento da Serasa monitora apenas os casos de insolvência judicializados, não incluindo acordos extrajudiciais nem os casos em que empresas decidiram encerrar as atividades por iniciativa própria. Segundo o estudo do Sebrae, 44% dos pequenos negócios interromperam as atividades com a crise do coronavírus, pois dependem de funcionamento presencial. Os empresários relataram uma queda média de 60% no faturamento com a pandemia. Embora todos os setores tenham registrado perdas, elas foram mais acentuadas nas atividades da chamada economia criativa, que envolvem eventos e produções (-77%), no turismo (-75%) e nas academias de ginástica.
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