Por : João paulo Almeida
BE – Qual a expectativa dessa plataforma no mercado baiano?
JA – A expectativa é a melhor possível , ou seja, com apenas três meses muitos imóveis cadastrados e algumas locações já realizadas, e tudo isso sem iniciar a segunda estratégia de investimento em marketing. Além da terceira estratégia que é seguir pelas cidades da Bahia, porque estamos ainda concentrados apenas em Salvador e Lauro de Freitas. Então percebemos a atratividades que o modelo trouxe e que estava faltando no mercado baiano.
BE- Qual o nível de adesão dessa plataforma no mercado de São Paulo?
JA – São Paulo é um mercado mais maduro, onde as coisas se iniciam mais cedo, então a atratividade lá hoje é dez vezes maior, até porque se começou mais cedo do que aqui em Salvador. Além disso, já existia o experimento com uma empresa modelo, a quinto andar. Seguindo o exemplo dela, mas buscando outro viés, a Alpop está bem animada em São Paulo tem tido uma atratividade muito boa.
BE- Como o senhor classifica essa forma de negócio?
JA – A Alpop é uma plataforma digital de aluguel, mas de aluguel popular, então a gente garante o negócio ao locador, do valor do aluguel até R$ 1.700. E para o locatário temos um algoritmo que permite que a pessoa alugue o imóvel sem precisar de fiador, carta garantia etc, e o nome pode está inclusive negativado. Então é uma aposta da confiança para a baixa renda, que atualmente estava extremamente carente no mercado imobiliário brasileiro. E isso nos leva a ter uma belíssima expectativa. Então, na minha opinião, é um modelo de negócio disruptivo, vamos apostando e confiando no modelo e no brasileiro.
BE- Quais as vantagens e desvantagens do negócio?
JA – As vantagens eu já enumerei tanto para o locador quanto para o locatário, já as desvantagens eu realmente não consigo enxergar, talvez a desvantagens seja a gente não trabalhar com um ticket mais alto, porque as vantagens são inúmeras, inclusive no lado social, no qual a gente se coloca a disposição para ajudar do ponto de vista de buscar moradias para pessoas com vulnerabilidade, moradores de rua, de encostas, assessorando o município e o estado, nesse sentido, e realmente não consigo enxergar de imediato nenhuma desvantagens.
BE- Na sua opinião, a plataforma pode representar o fim dos aluguéis convencionais?
JA – Olha, o mundo não mostra isso. Mostra que os alugueis convencionais continuam, evidentemente com uma fatia bem reduzida, porque é uma tendência da facilidade do uso da tecnologia para auxiliar o dia a dia de cada um dos cidadãos. A tendência é que isso possa estar cada vez mais socializado, principalmente no smartphone, no computador, e o querer fazer as coisas mais rápido e com menos burocracia, uma tendência mundial que veio para ficar.
BE- Qual o tamanho do investimento no mercado baiano?
JA – Estamos bem encorajados e animados a fazer um investimento significativo no mercado baiano. Só pela plataforma ter iniciado em Salvador, já investimos quase um milhão de reais, e vamos partir para uma segunda fase de campanha. Então, quando a gente ampliar para cidades como Vitória da Conquista, Luís Eduardo Magalhães, Feira de Santana, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, enfim, tem um mundo de investimento e apostar também nas parcerias, com certeza a tendência é virar um valor bastante significativo.
Foto: divulgação