BE- A reforma trabalhista da completando um ano, quanto ela pode ter influenciado a mente de empresários na geração de novos empregos
LFR – Com a nova reforma trabalhista começamos a desconstruir a idéia de que patrões são inimigos de empregados e vice versa. Começamos a criar novas visões e demandas que antes não se existia. E no imaginar das contas apresentamos que a balança de empregos ela se tornou positiva, ainda muito pouco diante do rombo que nós tivemos, porém já é um avanço. Nós já temos hoje mais contratações do que demissões. Mais observamos que essa transformação com menos litígio e menos conflitos e principalmente mais flexibilização na sua relação contratual fica melhor para se contratar.
BE- Abri empresa no Brasil hoje é uma dificuldade. Principalmente no segmento de shoppings, onde você atua. O senhor acredita que isso inibe o empresário de investir?
LFR – Pra você ter uma idéia eu já passei seis meses pagando aluguel em shopping na Bahia sem conseguir a minha inscrição na junta comercial do estado, sem conseguir inscrever minha empresa na justa comercial. E eu estou falando de um quiosque de cinco metros quadrados e não de uma super loja. Então durante seis meses foram empregados sem empregos, fornecedores parados, a economia sem ter a geração de impostos. Então chegamos à conclusão de que a burocracia não tem nenhum beneficio, nem para o estado nem para comunidade. Muito pelo contrario ela atrapalha muito o progresso.
BE- Em relação às convenções coletivas existe hoje na Bahia um problema que o sindicato do comércio e o sindicatos dos lojistas não chegaram a um acordo para o estado. Como isso pode atrapalhar o comércio no estado?
LFR- Eu lamento que as convenções coletivas tenham se tornado um momento de queda de braço. O objetivo da convenção coletiva deveria conciliar interesses entre os limites que o empresário consegue ceder e as necessidades que os funcionários precisam ter hoje as coisas não funcionam assim. Hoje é uma medição de força. Hoje nós passamos por um momento de muita dificuldade por que os shoppings fecharam aos domingos. Os próprios vendedores afirmavam que precisavam ganhar suas comissões e o sindicato que devia defender os interesses dos trabalhadores acabaram inviabilizando os trabalhos aos domingos.
BE- Na questão política a chegada de Paulo Guedes é vista com bons olhos pelo empresário baiano?
LFR – Paulo Guedes é um dos grandes estímulos que o empresário tem para voltar a investir, vou voltar a contratar, justamente por ele ter consciência de que o maior gerador de prosperidade de uma nação não é o estado é o trabalho, ele é o que gera maior beneficio social que existe. Ele traz dignidade. Então a chegada de Paulo Guedes deixa o empresário confortável
BE- Estão afirmamos que o ambiente para 2019 é muito melhor do esse de 2018?
LFR – Incomparável. Se você tem uma boa expectativa eu diria que 90% do caminho já foi traçado. E com Guedes nós temos muita expectativa.