Os pilotos da Fórmula 1 tem sofrido com o desgaste de pneus na atual temporada da competição. Expostos a altas temperaturas, os compostos têm um aumento gradativo de bolhas, o que dificulta a dirigibilidade do carro. Em um esporte onde vence quem for mais rápido, os pilotos ficam limitados a administrar os pneus, ao invés de acelerarem no limite. Valtteri Bottas é um dos que critica essa condição.
– Tivemos que fazer muita gestão em praticamente todas as corridas nesta temporada e, especialmente nas últimas, houve problemas com as bolhas. Uma vez que estamos chegando a uma certa temperatura, sabemos que isso vai acontecer em algum momento, então não estamos forçando para ultrapassar essas temperaturas. Tentamos administrar – disse o finlandês.
Em Sochi, Bottas, inclusive, sofreu uma consequência direta do desgaste de pneus, não no carro dele, mas no de Lewis Hamilton. Perseguido por Sebastian Vettel, o inglês tinha bolhas nos compostos, o que assustou a Mercedes e gerou a polêmica decisão de ordenar a Valtteri que abrisse caminho para o companheiro de equipe. Assim, o inglês conseguiu administrar a ponta, vencendo o GP da Rússia e ampliando ainda mais a liderança na tabela.
– Em alguns lugares, quando está quente, em uma pista de alta energia lateral, é bem difícil e às vezes parece que você está sendo bem lento, o que não é o ideal. Você sabe que há muito potencial nesses carros e meu raciocínio é que, se você fizer uma parada simples e puder acelerar será mais divertido, mas esse é um problema para todos agora – disse.
A fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1 tem feito testes periódicos para desenvolver os compostos no sentido de melhor a durabilidade para a próxima temporada. – Eu participei de alguns dos testes para os pneus do próximo ano há algumas semanas e tenho certeza de que eles estão se esforçando. Espero que seja um pouco melhor – concluiu.
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