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ALCKMIN TENDE A CRESCER COM APOIO DO CENTRÃO, DIZEM ANALISTAS

Redação - 20/07/2018 14:17 - Atualizado 20/07/2018

O cientista político Alberto Carlos Almeida avaliou que o apoio do “centrão” – ala composta por PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade – a Geraldo Alckmin vai alavancar a candidatura do ex-governador de São Paulo na corrida presidencial deste ano. Com a aliança, o tucano ganha mais tempo de TV e a tendência é de que puxe para si parte dos votos de Jair Bolsonaro (PSL). “Ele tende a crescer. Obteve um recurso de campanha importante. Sem isso, as chances seriam mínimas. Com isso [apoio do centrão], ele entra no jogo. Agora tem que construir uma narrativa, um discurso, para obter votos”, justificou, em entrevista a rádio metrópole.

Almeida apostou que o processo de crescimento será gradativo. “Nada muda de uma hora para outra. Têm negociações internas em cada partido. Mas nós sabemos que a TV compete com coisas que no passado não tinham. Isso todo mundo sabe, né? Todo mundo se pergunta do impacto das redes sociais. Ainda assim, é importante”, acrescentou, ao pontuar que o principal desafio do tucano, com mais de 6 minutos de tempo de propaganda oficial, será retirar parte dos votos do deputado do PSL – melhor colocado nas últimas pesquisas no campo da centro-direita: “Ele terá que obter votos que hoje são de Bolsonaro”.

Além de cientista político, Carlos Alberto Almeida é escritor e lançou, recentemente, o livro “O Voto Brasileiro”, baseado em mapas do Brasil, das regiões, dos estados e com dados de eleições realizadas em seis outros países. “O mais importante é que ele gira em torno das três últimas eleições presidenciais em segundo turno. Sempre com disputas entre PT e PSDB. Eu coloco as áreas municipais, divididas por meio de cores. Você nota uma regularidade: o PT com uma votação muito forte no Nordeste e o PSDB em São Paulo, principalmente. O Nordeste tem 27% dos eleitores e São Paulo tem 23%. É muito próximo. Portanto, eu argumento que o Nordeste é responsável por colocar o candidato de esquerda no segundo turno e São Paulo o de direita. Os dois têm ativos e um conjunto de elementos que deixa o partido forte na corrida presidencial”, explicou.

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