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CARLOS ANDRADE- PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/BA

Redação - 28/05/2018 07:00 - Atualizado 28/05/2018

BE- O senhor foi reeleito essa semana como presidente da Fecomercio-BA. Quais serão as principais medidas adotadas para o comércio nessa sua nova gestão?

CA – Nossa diretoria está terminando um mandato agora em 2018 e iniciando um novo ciclo. Nossas principais metas são a conclusão de alguns projetos que não foram concretizados durante o exercício que se finda. Principalmente as obras do SESC nas cidades de Alagoinhas e Jacobina. Feira de Santana e Porto Seguro estão praticamente com datas para serem inaugurados. No que se refere ao SENAC nós temos algumas unidades previstas para serem inauguradas como Amargosa Camaçari. Mais algumas cidades do interior. Nossos objetivos é manter o trabalho forte aqui na capital e interiorizar. É nossa missão dar assistência ao empresário de bens serviços e turismo, mas também, não podemos deixar de apoiar aos nossos colaboradores.

BE – Segundo o IBGE o comércio foi um dos três setores que mais colaboraram para o desemprego crescer na Bahia na comparação entre fevereiro / março?

CA- Nós entendemos que o comércio, o serviço e o turismo por serem os segmentos que mais empregam, obviamente quando existe o desemprego são aqueles que mais desempregam. Esses números mostram o momento atual que o país enfrenta. Não só a Bahia. Os números recentes apontam para aproximadamente 14 milhões de desempregados o que realmente é lamentável, por que nos entendemos como federação do comércio, o setor com esses números é realmente péssimos para o crescimento e desenvolvimento, prejudicando o PIB do país. E nós temos a lamentar esse desemprego. Por que entendemos que o emprego é a mola mestre do desenvolvimento.

BE- O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), variou -0,1 ponto em abril, passando para 96,7 pontos, primeira queda depois de sete altas consecutivas.  Podemos afirmar que o empresário baiano está menos confiante na hora de investir?

CA –  Eu diria que não. Eu diria que neste momento nós teremos umas oscilações para mas e para menos, muito pequenas. Mas nós estamos otimistas. Entendemos que o primeiro trimestre é início de ano. Aqui na Bahia dizem que o baiano só começa a trabalhar após o carnaval e eu tenho certeza que depois do carnaval eu tenho certeza que nossa economia será aquecida.

BE- O setor de serviços recuou 0,2% em março na comparação com fevereiro, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor apresenta uma grande instabilidade no ano com altos e baixos no estado. Podemos afirmar que o setor na Bahia está demorando mais do que o esperado para se recuperar da crise que o país viveu nos últimos anos?

CA- Pelas mesmas razões que eu lhe expliquei. O setor de serviços é o que mais emprega e quando tem uma crise é o que mais desemprega. Quando existe uma pequena oscilação de 0,5 %, 1 % ou 2% esse setor também é o que mais sofre. Quando cresce é o que mais cresce, quando desemprega é o que mais desemprega.

BE- Quais medidas devemos tomar para que a economia volta a crescer e o setor de comércio e serviços a gerar emprego?

CA- Para q eu a economia volte a crescer nós precisamos no mínimo de uma estabilidade política. E Brasília nos dificulta um pouco. Não o setor de partido a, b ou c, a conjuntura de Brasília não é favorável ao crescimento. Eu entendo que a parte de credito, na economia, os bancos principalmente os privados fomentassem um dinheiro mais acessível para os empréstimos do comércio seria muito favorável. O governo fez a parte dele e tirou a SELIC de 14% e deixou em 6,5% e os bancos praticamente não reduziram os juros. Nos esperamos que o setor bancário, e os banqueiros principalmente tenham consciência disso e facilitem o credito, por que não adianta ter juro baixo, sem o credito liberado para aqueles que querem investir, principalmente para o pequeno a médio e o micro empreendedor, que estão havidos muitas vezes desempregados e precisam conseguir recursos.

BE- Qual a sua expectativa para as eleições desse ano ?

CA- Eu espero que seja dentro da normalidade. Mas não vejo com bons olhos, face os últimos acontecimentos. Torcemos por mudanças, mas entendemos o momento político que vivemos e torcemos para que a população vote nos melhores.

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