Segundo maior fundo de pensão do País, a Petros, dos funcionários da Petrobrás, anseia pelo dia em que poderá se posicionar exclusivamente como investidor financeiro, sem se preocupar com a gestão de empresas. Da fundação, que voltou a ser ativa na procura por novas oportunidades, o dinheiro tem saído em proporções bem menores que no passado, direcionado preferencialmente a fundos de investimentos. A postura frente a problemas em empresas já investidas tem sido a de buscar formas de evitar novos desembolsos, como nos casos de BRF, Invepar e, indiretamente, na Vale.
Na BRF, dona de Sadia e Perdigão, os sucessivos prejuízos e o fechamento de mercados no exterior levaram o mercado a especular sobre a necessidade de aporte dos sócios para resgatar o negócio. A Petros, porém, descarta a possibilidade de aumento de capital na companhia.
“A dívida é grande, mas o caixa também, e há possibilidade grande de recuperação de margem”, disse o presidente da Petros, Walter Mendes, ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’. A Petros, juntamente com o fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ), travou disputa com Abílio Diniz, que no mês passado foi substituído no comando do conselho por Pedro Parente, presidente da Petrobrás. “A BRF é um exemplo de nossa nova linha de atuação. O foco foi mudar o conselho e paramos por aí”, disse.