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ENTREVISTA COM VEREADOR PAULO MAGALHÃES JR. SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2022

Redação - 30/05/2022 07:01 - Atualizado 30/05/2022

Bahia Econômica– Vereador, a eleição de Geraldo Junior para um terceiro mandato como presidente na câmara está no meio de um processo judicial. Como o senhor avalia essa reeleição?

Paulo Magalhães Jr- Não há precedente de terceiro mandato em nenhuma capital do Brasil. Em todos os lugares que houve a eleição nesse sentido, o ato foi derrubado pelo STF, por inconstitucionalidade. Então, para que isso aconteça é necessário mudar a Constituição Federal. Portanto, é uma ação ilegal e não tem como prosperar. O processo já nasceu eivado de erros, com conturbações graves,  desde a convocação da eleição que não fez parte de um acordo. A sessão solene foi convocada às 12h30 do dia do pleito para ser realizada às 14h30, isso não deu o direito da descompatibilizacão de outros nomes que eram pré-candidatos a presidência. Então, a gente percebe que as coisas foram acontecendo de forma arbitrária e atropelada, sem nenhum respeito a Lei Orgânica do Município e ao Regimento da Casa.

Bahia Econômica – Esse processo pode atrapalhar os trabalhos da casa em ano de eleição? 

Paulo Magalhães Jr- Depois desse processo de antecipação da eleição, a situação na Câmara ficou bastante delicada. Através de uma decisão monocrática, as comissões permanentes foram instaladas sem respeitar a proporcionalidade. A bancada governista conta com 30 dos 43 vereadores. São 14 líderes partidários na CMS, e as principais comissões da Casa Legislativa se encontram sob o comando da oposição. O União Brasil e o PP são os maiores partidos da Câmara, e nenhum vereador desses blocos compõe a CCJ ou Comissão de Orçamento. Isso é inaceitável.  Já acionamos o Ministério Público para a anulação do ato, que é um total desrespeito ao princípio da proporcionalidade. Judicializamos e contamos com o poder da justiça para fazer valer o voto do povo. Também fiz um apelo ao Presidente Geraldo Jr para que prevaleça o bom senso, e a decisão interna corporis da Casa faça valer a proporcionalidade que dará efetiva legitimidade às comissões. Vamos continuar lutando pela harmonia da Casa e combatendo formas açodada de conduzir os trabalhos, a fim de entramos no entendimento para que  Câmara continue trabalhando em prol da cidade. Existem muitos projetos importantes para serem votados, mas para isso, precisamos tornar legítimas às comissões permanentes da Casa.

Bahia Econômica– O União Brasil ainda não definiu um nome para apoiar à presidência da república. O senhor acredita que o partido pode ser forte nas eleições sem o apoio nacional?

Paulo Magalhães Jr- O futuro governador da Bahia, ACM Neto, tem uma importante aliança com o povo baiano. É sabido por todos a transformação que ele fez na capital baiana, mesmo com governo federal sob o comando do PT. Então, ele tem a confiança da população e é o voto popular que fortalece uma eleição. Como ele mesmo diz: “Quem tem o povo ao seu lado não precisa de padrinho”. O fato é que ele está preparado para governar com qualquer presidente.

Bahia Econômica – Ainda sobre a eleição nacional. Existem rumores de que Lula está tentando uma aproximação com ACM Neto. Você acredita nessa aliança ?

Paulo Magalhães Jr- Não acredito. Na verdade, creio que Neto não está em busca de padrinhos políticos. Quem vai governar a Bahia é o governador do Estado. O diálogo e o respeito vai acontecer com qualquer candidato a presidente que ganhe a eleição. Com quem quer que seja,  Neto fará uma política de resultados positivos para Bahia.

Bahia Econômica – Como o senhor os números das primeiras pesquisas ao governo?

Paulo Magalhães Jr- São números muito positivos, mas acho que ainda não refletem a realidade. Acredito que ACM Neto conta com um apoio ainda mais expressivo do povo baiano. A população quer ver mudança, e sabe que a transformação vem com o trabalho, compromisso e experiência de quem já fez por Salvador e vai fazer pelo Estado.

Foto: divulgação

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