Bahia Econômica: Quais os principais impactos da reforma tributária para o empresário brasileiro?
Bruno Medeiros: A reforma pode simplificar a forma como os tributos são pagos, mas também exige que o empresário se adapte rapidamente. Mudanças em alíquotas e regras de cálculo podem impactar diretamente o lucro, a precificação de produtos e serviços, e a gestão do fluxo de caixa. É um momento de revisão estratégica para evitar surpresas financeiras.
Bahia Econômica: Quais setores da economia serão mais afetados?
Bruno Medeiros: Comércio e serviços serão os mais sensíveis, especialmente porque grande parte da carga tributária recai sobre o consumo. A indústria também terá impactos, principalmente em insumos e produtos sujeitos a novas regras. Setores que trabalham com margem apertada ou que operam em diferentes estados precisam se preparar para ajustes no preço e na contabilidade.
Bahia Econômica: E para o setor de serviços da Bahia, o que deve ser observado?
Bruno Medeiros: É essencial acompanhar como será cobrado o novo imposto sobre consumo e quais deduções podem desaparecer. Empresas de pequeno e médio porte precisam analisar o impacto nos regimes tributários, contratos e fluxo de caixa. A atenção também deve se voltar para planejamento de preços e atualização de sistemas contábeis e fiscais.
Bahia Econômica: O período de transição pode trazer problemas?
Bruno Medeiros: Sim, a transição tende a gerar incertezas e possíveis duplicidades nas obrigações fiscais. Empresas que não se prepararem podem enfrentar erros contábeis ou aumento de custos temporário. O ideal é planejar antecipadamente, revisar contratos e manter acompanhamento próximo de contadores e consultores tributários para reduzir riscos.
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