Bahia Econômica – O Evento Vai Turismo chegou a Salvador com uma proposta empresarial de apresentar projetos e ações do setor. Como o senhor avalia essa iniciativa?
Alexandre Sampaio – Bom, nós estamos fazendo esses encontros do “Vai Turismo”em todo o Brasil. A Bahia é o terceiro estado que recebe o projeto. O propósito principal aqui é fazer com que os parlamentares da atual conjuntura legislativa, seja estadual ou federal, percebam o turismo como indutor de crescimento, gerador de empregabilidade e de fator de crescimento econômico do país. O turismo esse ano está surpreendendo com um alto índice de crescimento econômico. Então a ideia é fazer com que o turismo seja preponderante ou protagonista dentro do processo eleitoral que se aproxima
Bahia Econômica – A Bahia está inserida nesse momento de alta no turismo?
Alexandre Sampaio – A Bahia é imprescindível para o turismo nacional. É um destino turístico internacional que reúne inúmeras qualidades e percepções que diferenciam o resto do país, é icônico no sentido de atração de estrangeiros. Temos aqui o turismo afro, o turismo de negócios, então a Bahia está no topo desse momento.
Bahia Econômica – Em relação ao preço das passagens aéreas, o Brasil tem um projeto que visa baratear o custo para algumas classes. O projeto tem funcionado? Como o senhor avalia?
Alexandre Sampaio – O plano de passagens mais baratas para aposentados e funcionários públicos não deu muito certo, realmente ficou aquém do implementado, ficou muito aquém. Desejado. Entretanto, é uma iniciativa válida. Eu acho que tem que se procurar buscar soluções para o projeto que não emplacou.
Bahia Econômica – Qual a solução para o barateamento no preço das passagens aéreas no Brasil?
Alexandre Sampaio – O problema da passagem aérea no Brasil passa por vários fatores. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo tem discutido isso. Nós temos uma proposta para baratear as passagens na região amazônica, utilizando a política de céus abertos, em que países que fazem limite com o Brasil, voem para a capital do estado e vice versa. O problema é que a legislação trabalhista, hoje no Brasil, para companhia aérea é muito, retrógrada, e isso dificulta alguns passos. O Brasil hoje só tem três companhias aéreas. Era para ter, como nos Estados Unidos, vinte. Então, isso é um problema que devemos debater com calma.
Bahia Econômica – Com relação a geração de emprego, qual a sua expectativa para esse segundo semestre?
Alexandre Sampaio – Nós estamos crescentes, você vê que os índices de empregabilidade no Brasil estão sendo mantidos dentro de um patamar extremamente importante, aceitável. Com certeza a geração de empregos vai acontecer nos serviços e no comércio. A indústria um pouco menos. São essas classes que mais empregam, são esses que trazem mais desenvolvimento econômico, então a gente tem uma perspectiva de que o Natal, esse ano, esse segundo semestre vai ser muito bom e a virada do ano com a alta temporada de verão do ano que vem vai ser melhor ainda.
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