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HIPOTIREODISMO PODE AGRAVAR SINTOMAS DA MENOPAUSA E AUMENTAR RISCOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

João Paulo - 20/05/2025 15:00 - Atualizado 20/05/2025

Celebrado anualmente em 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças que podem afetar a glândula da tireoide, como o hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças autoimunes e o câncer.  Destas, o médico ginecologista especializado em saúde metabólica e longevidade, Dr. Jorge Valente chama atenção para o hipotireodismo, condição que, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia Metabólica (SBEM), afeta cerca de 15% das mulheres na pós-menopausa.

Caracterizado pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) o hipotireodismo na menopausa pode trazer desafios tendo em vista que os sintomas de ambas as situações muitas vezes se sobrepõem e podem vir a dificultar o diagnóstico preciso, conforme explica Dr. Jorge Valente. “O T3 é um hormônio essencial para o metabolismo, controle de temperatura corporal, energia e funções cognitivas e, quando não produzido corretamente pode agravar os sintomas da menopausa e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, aumento do colesterol, osteoporose e déficits cognitivos como concentração e memória”, destaca o médico.

São sintomas comuns à menopausa e ao hipotireoidismo: fadiga, ganho de peso, depressão ou alterações no humor, queda capilar, redução da libido, menstruação irregular, pele seca, entre outros. Embora apresentem sintomatologias semelhantes, de uma maneira geral o diagnóstico do hipotireodismo é realizado por meio da análise clínica da paciente e da realização e avaliação de exames de sangue como a medição do TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide), T3 e T4 livre.

“O médico também pode solicitar exames de imagem como ultrassom da tireoide, para avaliar o tamanho e a estrutura da glândula, ou cintilografia da tireoide para identificar a presença de nódulos ou tumores. E, em alguns casos, para investigar a causa do hipotireoidismo, podem também ser solicitados exames como anticorpos anti-TPO e anti-Tg, que indicam tireoidite de Hashimoto”, descreve o ginecologista.

Segundo o médico, assim como em qualquer mulher, o tratamento do hipotireoidismo em mulheres na menopausa, deve ser realizado por meio da reposição do hormônio tireoidiano. Além disso, o médico chama atenção para a importância da adoção de um estilo de vida saudável como ação essencial para a melhoria da qualidade de vida destas pacientes. Dentre as práticas ele cita a adoção de uma dieta balanceada e saudável, priorizando os alimentos fonte de fibras, antioxidantes e minerais, manter-se bem hidratado, praticar exercícios físicos regulares, ter uma boa noite de sono e dedicar tempo de qualidade para realização de atividades que proporcionem relaxamento e redução do estresse.

Crédito: Freepik

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