Em entrevista concedida nesta segunda-feira (19) à rádio Antena 1, o presidente do PL na Bahia, João Roma, reafirmou sua pré-candidatura ao governo do estado e defendeu uma união da direita para enfrentar o PT nas eleições de 2026. O ex-ministro também fez duras críticas à gestão estadual e ao governo federal.
“Eu já divulguei e tenho trabalhado na confirmação da minha pré-candidatura governador do estado da Bahia. Já fomos candidatos na última eleição. E eu quero mudanças no estado da Bahia. Mudanças com menos impostos, porque não há como a gente progredir e atrair investimentos com essa base e essa persistência do governo querer cada vez mais colocar imposto”, afirmou.
Apesar de manter sua pré-candidatura, Roma admitiu a possibilidade de reencontro político com o grupo liderado por ACM Neto, com quem rompeu nas últimas eleições.
“Se outra conjuntura for formada, e a gente enxergar que o maior antagonismo que temos é o PT, que está trazendo mazelas, que não está melhorando a vida da população, um PT que faz bonitas propagandas, mas não entrega o que promete. Então dentro disso eu não vejo nenhuma dificuldade em convergir com ACM Neto”, disse.
Roma reconheceu que o afastamento anterior teve um forte componente emocional, mas defendeu mais maturidade no atual contexto.
“Então, naturalmente, entre João Roma e ACM Neto há muito mais convergências do que divergências”, completou.
Durante a entrevista, ele também cobrou mais ações do governo Lula voltadas à Bahia.
“Nem parece que a Bahia tem um ministro da Casa Civil [Rui Costa]. As providências não chegam. São pequenos gargalos que não se resolvem, e isso impede o desenvolvimento do nosso estado”, declarou.
Alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Roma reforçou seu apoio ao líder do PL.
“Defendemos o nome do presidente Bolsonaro. Ele é quem mobiliza, cativa, coloca as pessoas nas ruas. Eu estou ao lado do presidente Bolsonaro nessa caminhada, até onde ele disser”, garantiu.
Roma ainda citou outros nomes de peso na direita nacional, como os governadores Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Júnior (PR), como peças-chave para construção de alternativas ao modelo petista.
“Mais do que consenso nacional, a Bahia precisa despertar. O cidadão tem que entender por que sua vida não está melhorando. A transformação começa na consciência de cada um”, afirmou.
Ele encerrou a entrevista com críticas à política econômica federal, especialmente à taxa de juros e ao controle de gastos.
“O Brasil não aguenta mais ficar com quase 15% de Selic. Esses juros corroem tudo”, disse.
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