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TARIFAS DOS EUA SOBRE AÇO E ALUMÍNIO SOBEM NESTA QUARTA; VEJA IMPACTOS PARA O BRASIL

Victoria Isabel - 11/03/2025 18:58 - Atualizado 11/03/2025

Li Entre as diversas medidas adotadas pelo governo de Donald Trump nos EUA, que têm causado turbulência nos mercados globais, os investidores aguardam para a próxima quarta-feira (12) a implementação das tarifas de 25% sobre o aço e alumínio importados, o que deve afetar também o Brasil.

Embora o governo brasileiro tenha tentado reduzir a temperatura do debate sobre o protecionismo norte-americano, as novas tarifas devem trazer forte impacto para as empresas brasileiras dos dois setores. E ainda paira a insegurança de novas taxas, uma vez que a administração Trump promete taxações retaliatórias – o etanol foi especialmente citado num comunicado da Casa Branca.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, confirmou ter participado de uma videoconferência com Lutnick na semana passada e disse que o Brasil está buscando um entendimento ganha-ganha com os EUA nas negociações, mas nenhum adiamento foi anunciado.

A Abal destacou em nota oficial que, além dos impactos na balança comercial, preocupam os efeitos indiretos associados ao aumento da exposição do Brasil aos desvios de comércio e à concorrência desleal. “Produtos de outras origens que perderem acesso ao mercado americano buscarão novos destinos, incluindo o Brasil, podendo gerar uma saturação do mercado interno de produtos a preços desleais”, afirmou a associação.

A imposição das novas tarifas também pode resultar em uma tendência de elevação dos preços regionais, especialmente nos locais que dependem de importações, o que pode provocar um realinhamento nas cadeias globais de suprimento e modificar fluxos comerciais tradicionais.

Já o Instituto Aço Brasil destacou que o mercado brasileiro também “vem sendo assolado pelo aumento expressivo de importações de países que praticam concorrência predatória, especialmente a China”, razão pela qual a entidade solicitou ao governo brasileiro a implementação de medidas de defesa comercial, ampliando a barreira atual do regime de cota-tarifa.

Foto: Divulgação

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