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BRUNO REIS E A CHAPA DA OPOSIÇÃO NA ELEIÇÃO DE 2026

Redação - 17/02/2025 10:08 - Atualizado 17/02/2025

A oposição na Bahia já discute os nomes que irão compor a chapa majoritária para as eleições de 2026. E é dado como favas contadas que o ex-prefeito ACM Neto será o candidato a governador em 2026, faltando definir os nomes dos candidatos ao Senado e do candidato a vice. Nos bastidores começam a surgir os primeiros nomes, a exemplo dos deputados Adolfo Viana (PSDB) e Márcio Marinho (Republicanos), do presidente do PL na Bahia, João Roma, que recentemente reaproximou-se do grupo, e o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), cuja candidatura a vice-governador tem ganhado força.

Todos são nomes de peso, testados pelas urnas, especialmente João Roma, que já foi candidato a governador, e o prefeito de Jequié que representa uma liderança interiorana em ascensão, mas, ainda assim, parece indispensável dar mais densidade eleitoral à chapa. Ocorre que para enfrentar uma chapa extremamente forte como a que vem sendo montada pelos governistas, com o governador Jerônimo Rodrigues candidatando à reeleição, e dois ex-governadores, Rui Costa e Jaques Wagner, ao Senado, os nomes listados carecem de mais densidade eleitoral.

Nesse sentido, a tentativa de atrair uma liderança de maior peso, como o senador Ângelo Coronel, que se mostra desconfortável nas hostes governistas por ter sido alijado da chapa majoritária, pode ser uma alternativa. É verdade que a força de Coronel está fortemente vinculada ao senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, e não se sabe efetivamente qual a sua capacidade de atrair votos, mas, sem dúvida, daria mais força à chapa oposicionista.

O que chama mais atenção, todavia, é a que o nome do Prefeito Bruno Reis, o maior fenômeno eleitoral do União Brasil, não estar sendo cogitado. Talvez, o próprio prefeito não esteja pensando em sair da prefeitura mais de dois anos antes e esteja cogitando completar o mandato, como fez seu antecessor, o ex-prefeito ACM Neto. Seria uma opção arriscada tanto para a carreira política de Bruno Reis, quanto para a coligação partidária.

Em relação à sua carreira política, Bruno Reis se arriscaria a passar pelo mesmo processo que passou ACM Neto em 2018, ou seja, caso seu grupo não vencesse a eleição e terminando seu mandato em 2028, ficaria sem cargo político durante dois anos, tempo muito longo nesses tempos em que é fundamental o político estar presente não apenas nas redes sociais, mas em cargo que possa mostrar sua atuação.

Há quem diga, inclusive, que se tivesse participado do processo eleitoral em 2018, o nome de Neto estaria mais entranhado no inconsciente popular em 2022 e sua base política seria maior para enfrentar Jerônimo Rodrigues, que venceu as eleições. Mas isso é suposição e elas estão sempre presentes nas derrotas, afinal, tudo indica que foi o “fator Lula”, o maior responsável pela derrota de Neto.

O que não é suposição, mas fato, é a certeza de que a chapa da oposição ficará mais fraca sem o nome de Bruno Reis, que seria fundamental para dar mais densidade eleitoral à chapa e fazer uma grande bancada no Congresso Nacional. E isso mantendo a Prefeitura de Salvador, já que um quadro do União Brasil assumiria o executivo.

Naturalmente, essa estratégia necessitaria do apoio do PDT ou de modificações partidárias quando da abertura da janela de mudança de partido, já que a nova prefeita seria Ana Paulo Matos.

A verdade é que muita água ainda vai rolar na montagem da chapa oposicionista, mas parece claro que a presença de Bruno Reis aumentaria as possibilidades de vitória, ainda que a chapa governista seja fortíssima e tenha apoio total do presidente Lula, que provavelmente será candidato à reeleição. (EP- 17/02/2024)

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