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PROCURADORA CANDIDATA DO MP PARA VAGA DE DESEMBARGADORA É TIA DE ADVOGADO INVESTIGADO PELA JUSTIÇA

Matheus Souza - 11/11/2024 18:06 - Atualizado 11/11/2024

A procuradora de justiça Regina Carrilho está entre os seis nomes da lista do Ministério Público da Bahia (MP) que estão na fila para ocupar a vaga da desembargadora Ilona Márcia Reis, aposentada compulsoriamente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) sob acusação de integrar o esquema de venda de sentenças investigado pela Faroeste, pelo menos um tem parente de investigado na mesma operação.

A candidata à vaga é tia do advogado Marcos Carrilho, que é citado na delação da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli, afastada do cargo por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como operador de propina para magistrados do TJ, em troca de decisões favoráveis.

Além da Faroeste, que teve origem em ações envolvendo grilagem de terras no Oeste baiano, o sobrinho da procuradora foi denunciado também no âmbito da Operação Leopoldo, deflagrada em outubro de 2016 pelo grupo de combate ao crime organizado do MP, o Gaeco, para desbaratar um esquema anterior de venda de sentenças.

Segundo denúncia do Gaeco, acatada pelo STJ, Marcos Carrilho e demais réus da Leopoldo “teriam cobrado vantagem ilícita para que fosse proferida decisão favorável em causa que tramita no TJ, o que envolveu o pagamento de soma superior a R$ 500 milhões”. No caso, Marcos Carrilho foi acusado de receber propina em nome do pai, o desembargador aposentado Clésio Carrilho, que faleceu em dezembro de 2019.

Ao mesmo tempo, o STJ decretou na quarta-feira passada (06) a prisão do advogado Fernandes Rodrigues Feitosa, filho de um desembargador aposentado do Ceará, pela participação na venda de liminares. Condenado a 19 anos de cadeia, Fernando foi acusado de receber propina por sentenças concedidas durante os plantões do pai, Carlos Rodrigues Feitosa.

A decisão da corte foi traduzida entre juristas baianos como sinal da indisposição dos ministros do STJ em aliviar a barra de parentes de desembargadores implicados em esquemas semelhantes. Na Bahia, existem mais de dez réus da Faroeste que têm familiares no TJ, parte deles igualmente investigada pelo Ministério Público Federal.

Dirigentes do Planserv classificaram como inverídicas as desculpas usadas pela Dasa para suspender o atendimento de urgência e emergência aos usuários do plano dos servidores estaduais no Hospital da Bahia.

 

Com informações do Metro1*

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