A Justiça da Bahia acumula 58% dos processos por inclusão indevida em órgãos de cobrança registrados no Brasil em 2024. Esses números refletem as disputas judiciais relacionadas a pessoas com “nome sujo” iniciadas entre janeiro e junho deste ano, totalizando mais de 400 mil novos casos nesse período.
O levantamento, realizado pela agência Gandini – Comunicação Jurídica, foi baseado em dados extraídos do DataJud e do painel de estatísticas públicas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os resultados da pesquisa foram cedidos com exclusividade ao g1 BA.
A análise revela que, em todo o país, foram registrados 678.177 novos processos por inclusão indevida em sistemas como o Serasa nos primeiros seis meses do ano. Somente a Bahia foi responsável por 400.011 desses casos, um número 10 vezes maior do que o registrado em São Paulo — 36.669 —, estado com a maior população do Brasil.
O levantamento também destaca que a Justiça baiana já vinha se sobressaindo em anos anteriores. Em 2022, o estado registrou 309.526 (38,46%) processos de um total de 804.705 casos no país. Em 2023, a Bahia acumulou 582.910 (52%) casos, do total de 1.119.327 registrados no Brasil.
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