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IBGE E CONAB PREVEEM QUEDA NA SAFRA DE GRÃOS DA BAHIA EM 2024

LUIZA SANTOS - 11/07/2024 17:00

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de junho de 2024, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 11,3 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 7,0% na comparação com a safra de 2023.

Após a produção recorde de grãos em 2023, tanto o IBGE como a Conab estimam uma produção menor de grãos na Bahia em 2024, devido ao fenômeno El Niño, que afetou negativamente as condições climáticas, prejudicando algumas regiões produtoras no estado. Assim, destaca-se, entre os grãos, a queda em dois dos principais produtos agrícolas do estado: soja e milho. Por sua vez, para a colheita do algodão estima-se novo recorde no estado mesmo com as dificuldades climáticas.

As áreas plantadas e colhidas estão estimadas em 3,52 milhões de hectares (ha), com recuo de 0,3% em relação à safra de 2023. Assim, o rendimento médio esperado (3,21 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia é 6,7% aquém da safra anterior.

O volume de soja a ser colhido pode alcançar 7,53 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 0,4% sobre o verificado em 2023. A área plantada com a oleaginosa no estado está projetada em aproximadamente 2,0 milhões de ha.

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 2,23 milhões de toneladas, o que também representa declínio de 27,9% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 18,3% em relação à estimativa da safra anterior de 698 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,55 milhão de toneladas, 34,0% abaixo do que foi observado em 2023. Já o prognóstico para a segunda safra é de um recuo de 8,6% em relação à colheita anterior, totalizando 681 mil toneladas.

Para a lavoura do feijão, espera-se recuo de 1,4% na comparação com a safra de 2023, totalizando 235 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 390 mil ha plantados, 6,5% menor que a safra anterior. Estima-se que a primeira safra da leguminosa (137 mil toneladas) seja 4,5% inferior à de 2023, e que a segunda safra (98 mil toneladas) tenha uma variação positiva de 3,2%, na mesma base de comparação.

Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), está com a produção estimada em 1,75 milhão de toneladas, o que representa aumento de 0,8% em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra aumentou 3,0%, alcançando 375 mil ha em relação à safra de 2023.

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,54 milhões de toneladas, revelando aumento de 1,4% em relação à safra de 2023. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 123 mil toneladas, apontando um avanço de 2,7% na comparação com a do ano anterior.

Em relação ao café, está prevista a colheita de 264 mil toneladas este ano, 7,0% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 111 mil toneladas, com variação anual de 10,4%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 153 mil toneladas, 4,6% acima da colheita do ano anterior.

As estimativas para as lavouras de banana (920 mil toneladas), laranja (628 mil toneladas) e uva (62 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 0,7%, -1,0% e -5,4% em relação à safra anterior.

O levantamento ainda indica uma produção de 925 mil toneladas de mandioca, 1,4% menor que a de 2023. A produção de batata-inglesa, estimada em 335 mil toneladas, apresenta acréscimo de 0,9%; e a do tomate, estimada em 182 mil toneladas, aponta alta de 1,5% na comparação com a do ano anterior.

Foto: Seagri/Divulgação

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