Com a Reforma Tributária, a carga de impostos sobre boa parte dos produtos industriais deve cair a 26,5% (alíquota padrão estimada pelo governo), mas em relação aos automóveis ainda há dúvidas. A cobrança do chamado Imposto Seletivo (tributo usado para reduzir o consumo de itens nocivos à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas, e ao meio ambiente) sobre veículos elétricos terá impacto no total de tributos cobrados e no preço dos carros.
A expectativa das montadoras é que os carros a combustão fiquem fora da cobrança. Especialistas estimam que a carga tributária sobre os elétricos se mantenha em 30% ou possa até subir para 34%.
Mas as montadoras pedem ao governo a antecipação do imposto de 35% sobre veículos elétricos importados (o que aconteceria apenas em 2026) e isso também pode pesar no total de impostos.
“Se a cobrança do Imposto Seletivo for efetivada sobre os elétricos, a carga tributária e o preço sobem, e o consumidor será penalizado porque vai ter de pagar mais caro por novas tecnologias, que atualmente já são acessíveis por valores menores,” diz Antonio Jorge Martins, coordenador de cursos automotivos da Fundação Getulio Vargas.
(O Globo)
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