A sessão na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) que terminou com a aprovação do reajuste geral de 4% dos servidores públicos do estado (Veja aqui) foi marcada por protestos, proibição de acesso à galeria do plenário e vaias ao governo Jerônimo Rodrigues (PT). O projeto governista foi aprovado pela maioria dos deputados, e com votos contrários de integrantes da bancada de oposição e do parlamentar independente Hilton Coelho (Psol).
A votação aconteceu sob protestos dos servidores, que foram proibidos de assistir à votação na galeria da Alba por determinação do presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD). Os funcionários públicos acompanharam a apreciação do texto pela televisão no Saguão Nestor Duarte. Ao final da sessão, alguns servidores protestaram durante a saída dos deputados. “É traidor do servidor”, gritaram contra os parlamentares que votaram a favor. No plenário, Adolfo Menezes argumentou que o veto à galeria foi para evitar “problemas”, já que havia centenas de servidores no local. “Tenho o maior respeito pelo servidor público. Mas eu, como presidente, não vou ficar desmoralizado”, frisou.
Líder da oposição na Alba, Alan Sanches (União Brasil) reclamou da proibição da entrada de servidores na galeria. “Os servidores, como são politizados, querem participar deste momento e cobrar pacificamente daqueles que escolheram para representar. Mas são justamente os 43 deputados da base do governo que eles (os servidores) escolheram para a representar que, neste momento, não querem permitir que eles fiquem aqui, dentro do plenário, pacificamente para acompanhar (a votação)”, ressaltou.
Coordenador-geral da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira afirmou que os professores não aceitaram a proposta do governo de reajuste. Ele se queixou do veto à galeria. “Desde a época do governo Rui Costa que tem esse tipo de intransigência e intolerância. Não aceitamos o reajuste parcelado. Nós queremos dignidade, queremos respeito aos educadores. Por isso, estamos aqui protestando para dizer que não queremos esse reajuste”, declarou.
Crédito: Paula Fróes/CORREIO