A desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago se tornou ré, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitar, nesta semana, denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que contém acusações de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, no bojo da Operação Faroeste.
Este ano, a desembargadora foi afastada de suas funções durante uma operação da Polícia Federal para combater um suposto esquema de venda de decisões judiciais. Na ocasião, outros juízes e desembargadores foram afastados. Inclusive, a juíza Marivalda Almeida Moutinho, também do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Outas sete pessoas se tornaram rés, além de Maria do Socorro Barreto Santiago: o juiz federal Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, além de Adaílton e Geciane Maturino, Amanda Santiago Andrade Sousa (filha da desembargadora), Márcio Duarte Miranda (genro da desembargadora) e os advogados Ricardo Augusto Três e Valdete Stresser.
Registros telefônicos e transações bancárias foram usados como provas do envolvimento dos acusados no esquema criminoso e foram pontos levantados pelo vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, durante a sessão de julgamento.
A magistrada, que é investigada na Operação Faroeste (iniciada em 2019), teria recebido vantagens de R$ 400 mil por sentença que beneficiou os integrantes do esquema, com um bloqueio da matrícula de um imóvel, segundo denúncia do MPF. Já o juiz federal supostamente validou um acordo entre as partes mediante recebimento de R$ 606 mil.
Os parentes dos envolvidos foram usados como laranjas do esquema para disfarçar a origem ilegal dos recursos. O que inclui a participação de Amanda Santiago, ex-cantora da Timbalada e filha da desembargadora.
Foto: Reprodução/TJ-BA.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
