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POLÍTICA E FUTEBOL: O QUE BAHIA E VITÓRIA TEM A ENSINAR AOS CANDIDATOS À PREFEITO

Redação - 15/04/2024 08:59 - Atualizado 15/04/2024

Tem uma coisa que iguala a política ao futebol: em ambos, ganhar é o que importa. De modo que,  se ganhar o campeonato é o objetivo dos times de futebol, ganhar a eleição é o objetivo dos políticos, especialmente quando são candidatos ao cargo de prefeito. Sendo assim, vai aqui uma listagem bem-humorada dos erros que vem sendo cometidos pelos dois principais clubes da Bahia – o Bahia e o Vitória – e como eles estão se repetindo entre os candidatos a prefeito das principais cidades do Estado.

Vamos começar com o Vitória:

  • O nosso querido Vitória entrou no Barradão no último domingo achando que no seu estádio ele é rei e ganha sempre. Resultado:  foi surpreendido por um gude preso, que o colocou na vice lanterna do campeonato. Primeira lição do futebol para a política: Tem candidato a prefeito em várias cidades da Bahia que acha que no terreno que domina ganha sempre e que está entrando na disputa eleitoral com a certeza de que vai ganhar. É preciso ter cuidado para no final da partida não ser surpreendido com um gude preso.
  • E o técnico do Vitória, o competente Léo Condé, sempre acha que seu time é o melhor que existe e que o adversário é um perna-de-pau e sempre parte para cima. Esqueceu que às vezes o adversário é o Palmeiras e não o Bahia. O verdão tem dinheiro, tem defesa, meio de campo e preparo físico. Resultado: o Palmeiras dominou a partida e aos 30 do segundo tempo, os jogadores do Vitória já estavam com a língua de fora. Segunda lição do futebol para a política: Tem candidato a prefeito entrando em campo achando que é o melhor, que seu adversário é um perna-de-pau e que vai ganhar de lavada. O pior é que as vezes, o adversário tem dinheiro, tem apoio político e boa coordenação e aí ganha o jogo. Isso sem esquecer que tanto na política quanto no futebol tem zebra.

E que dizer do nosso querido Bahia:

  • Ora, para começar o Bahia ainda não tem técnico, afinal não se pode chamar de técnico alguém que muda o time todos os jogos; que não consegue montar uma defesa; que perde de virada todas as partidas com um gol pelo alto; faz substituições erradas e tem medo da torcida, da sua e a do adversário. Se o técnico não mostrar a que veio, vai perder o campeonato e cair para a série B. Terceira lição do futebol para a política: Tem candidatos em vários municípios que estão iguais ao Bahia: tem comando, mas ninguém vê; tem diretor de futebol, mas ninguém vê; tem partido forte, mas o partido não entra em campo; tem apoio aqui e em Brasília, mas ninguém vê esse apoio. Candidatos assim podem apenas cumprir tabela.
  • Além de não ter técnico, falta ao Bahia garra e preparo físico, com raras exceções. É o técnico que tem de incutir garra ao time, agindo no sentido de montar uma equipe competitiva e emocionalmente preparada. O time do Bahia, quando faz um gol, fica parado em campo e se houvesse um bar próximo iria tomar uma cerveja enquanto o adversário vira a partida. Tem jogador, tipo Cauly, que passeia em campo como se estivesse na Vieira Souto e, aliás, alguém precisa avisar a Rogério Ceni que não funciona colocar Cauly e Everton Ribeiro no mesmo time, é como misturar água com água. Quarta lição do futebol para política: Tem candidato que após ter sido escolhido, parou completamente, ficou comemorando a escolha, enquanto o adversário partiu para cima. É preciso lembrar que é o candidato que tem de motivar os apoiadores, agindo no sentido de montar um time agregativo. Isso sem falar que tem candidato que precisa escolher um vice competitivo, lembrando que misturar água com água não dá nada.

Como o leitor viu, essa coluna política foi apenas uma brincadeira, para falar mais de futebol do que de política. Lembrando que política e futebol são coisas bem diferentes, a intenção da coluna foi apenas dar um toque divertido à eleição que se aproxima. (EP- 15/04/2024)

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